Em meio à contagem ainda em curso das eleições presidenciais de Honduras, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom ao afirmar que o país estaria “tentando mudar” o resultado do pleito. A declaração foi publicada na segunda-feira, 1º, na Truth Social, enquanto o cenário eleitoral hondurenho permanecia indefinido.
Trump, que declarou apoio ao candidato conservador Tito Asfura, afirmou que a situação exige atenção internacional. “Parece que Honduras está tentando mudar os resultados de sua eleição presidencial. Se conseguirem, haverá consequências”, escreveu.
Na publicação, o presidente norte-americano destacou que, no domingo 30, os hondurenhos compareceram “em massa” às urnas, mas a Comissão Eleitoral Nacional interrompeu a apuração exatamente à meia-noite. Segundo ele, quando o painel oficial deixou de ser atualizado, a disputa estava extremamente acirrada entre Asfura e o apresentador de televisão Salvador Nasralla, com o conservador à frente por uma margem de cerca de 500 votos.
Para Trump, a paralisação ocorreu de forma prematura, já que apenas 47% dos votos haviam sido contabilizados até aquele momento. Ele cobrou transparência e rapidez: “É imprescindível que a Comissão termine a contagem dos votos. Centenas de milhares de hondurenhos precisam ter seus votos contabilizados. A democracia precisa prevalecer!”
Depois da suspensão criticada por Trump, novos dados oficiais indicaram que 57% das urnas foram apuradas, mantendo o empate técnico entre os dois principais candidatos — com Asfura ainda liderando por 515 votos. A continuidade lenta da contagem mantém o clima de incerteza no país.
Em Honduras, o processo de verificação é manual, voto a voto. Esse sistema, mais demorado e suscetível a questionamentos, costuma gerar tensões adicionais em disputas equilibradas, como a atual.
