Apesar de veto, esquerdistas insistem em ir à Paulista no dia 7

Movimentos de oposição a Jair Bolsonaro mantêm convocação dos militantes para ato no mesmo dia dos apoiadores do governo

Apesar da decisão do governo do Estado de São Paulo de que a Avenida Paulista será reservada à manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro no feriado de 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, movimentos de esquerda insistem em ocupar a via na mesma data, registra o UOL.

Até o momento, os grupos “Fora, Bolsonaro” e “Grito dos Excluídos” mantêm a convocação de seus militantes para ocuparem a Paulista no dia 7. O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, diz que há uma representação no Ministério Público e um pedido de reunião com o governo paulista para que a esquerda possa se manifestar.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo autorizou os partidários do presidente a se manifestarem na Paulista no dia 7. Segundo a pasta, foi estabelecido um rodízio entre governistas e opositores, e o último protesto no local, no dia 24 de julho, foi organizado pelos esquerdistas.

“O 11º Batalhão da Polícia Militar argumenta que no dia 24 de julho, quando realizamos nossa última grande manifestação, um sujeito que não se sabe o nome teria comunicado que faria um ato na Paulista no dia 7”, afirma Bonfim. “Esse cara sumiu e a PM está interpretando que houve duplicidade. Não é possível uma pessoa só causar duplicidade em relação à demanda feita por centenas de entidades.”

Além dos protestos da esquerda, há uma outra manifestação marcada contra o governo, para o dia 12 de setembro, também na Avenida Paulista. O ato é organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, que participaram das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e apoiaram Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.

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