Reunião virtual tenta amenizar impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros
Nesta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma videoconferência com o presidente norte-americano Donald Trump, em um esforço diplomático para reduzir o atrito comercial entre Brasil e Estados Unidos. O encontro on-line, articulado pelo Itamaraty em parceria com a Casa Branca, foi visto como um passo essencial para evitar prejuízos às exportações brasileiras.
A reunião ocorre poucos dias após Washington anunciar tarifas de até 50% sobre o aço, o alumínio e o etanol provenientes do Brasil — medida que alarmou empresários e setores industriais, preocupados com demissões e queda nas vendas externas.
Fontes do Ministério das Relações Exteriores afirmam que as tratativas para a conversa começaram no início de setembro, quando Trump deu sinais de aproximação durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York. Desde então, diplomatas dos dois países vinham negociando um formato que permitisse o diálogo direto entre os líderes.
Primeira conversa direta e possível encontro futuro
Esta é a primeira interação direta entre Lula e Trump desde a imposição das tarifas. Integrantes do Palácio do Planalto consideram a videoconferência um movimento estratégico que pode abrir espaço para uma reunião presencial ainda neste mês, durante um evento internacional na Malásia.
O governo brasileiro pretende divulgar uma nota oficial após o término do encontro, apresentando os principais pontos discutidos e o tom da conversa. Fontes próximas à equipe presidencial afirmam que o objetivo é transmitir uma imagem de cooperação e pragmatismo, de modo a evitar o agravamento das tensões comerciais.
No meio empresarial, a iniciativa foi recebida com alívio. Dirigentes do setor exportador avaliam que qualquer sinal de diálogo representa um avanço positivo, especialmente diante do risco de que novas barreiras norte-americanas afetem outros segmentos da economia.
Quero assistir o vídeo na íntegra e sem cortes, do esculhaço de Trump em cima de Lules