Senador Fez Pedido De Quebra De Sigilo Bancário Da Jovem Pan Senador Fez Pedido De Quebra De Sigilo Bancário Da Jovem Pan

Associações de rádio e tv repudiam quebra de sigilo bancário da Jovem Pan

Requerimento da CPI da Covid representa “uma afronta à liberdade de expressão”, diz o documento

Após a requisição de quebra de sigilo bancário da Rádio Jovem Pan feita pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu uma nota de repúdio contra o requerimento apresentado na sexta-feira (30).

Confira a íntegra do texto:   

“A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia, com veemência, requerimento apresentado na sexta-feira (30) por integrantes da CPI da COVID-19, com pedido de quebra de sigilo bancário da Rádio Jovem Pan, sob a alegação de que a emissora disseminou notícias falsas no âmbito da pandemia.

Tal iniciativa não aponta qualquer dado ou informação concreta que justifique a adoção de medida extrema contra uma emissora que está no ar há quase 80 anos, cumprindo o papel de informar a população sobre fatos de interesse público.

A ABERT lembra que a CPI tem como objeto investigar ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil, e qualquer tentativa de intimidação ao trabalho da imprensa é uma afronta à liberdade de expressão, direito garantido pela Constituição Brasileira.

A ABERT espera que sejam observados a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.

Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão — A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas. “

Outras manifestações

A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão também emitiram notas de repúdio.

“A Abratel, ao analisar o referido documento, não identificou nenhuma informação que respaldasse ou legitimasse tal medida. A imprensa, que é um serviço essencial para o país, não é o foco dos trabalhos desenvolvidos pela CPI”, destacou uma das manifestantes.

“A Radiodifusão não pode e não deve abrir mão de cumprir sua relevante missão em levar a informação ao cidadão do país. Não há espaço para retrocesso, e muito menos para demagogia”, pontuou a ACAERT.


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