Bolsonaro sobre Hang na CPI: ‘Um fiasco. Tenho vergonha desse G7’

Em sua live semanal, presidente falou sobre o combate à Covid-19 no Brasil e disparou críticas à CPI da Covid

Nesta quinta-feira (30), em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disparou críticas contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e falou sobre o combate à doença no país. Para Bolsonaro, o depoimento do empresário Luciano Hang no colegiado foi um fiasco.

Os senadores decidiram convocar o empresário após a acusação de que Luciano Hang teria manipulado informações relacionadas ao tratamento e à morte de sua própria mãe, “para não desmerecer” o tratamento precoce contra a Covid-19. Após o depoimento, ele concedeu uma entrevista coletiva na qual chamou a CPI de “tribunal de inquisição” e disse ser atacado desde que se “posicionou politicamente”.

Ao comentar o depoimento, Bolsonaro disse que a CPI tenta “criminalizar” quem defende o tratamento precoce para a doença.

– Ontem o depoimento do Luciano Hang. Eu assisti parte daquilo. Um fiasco. Tenho vergonha desse G7 que está lá. Não conseguiram nada. É o tempo todo tentando criminalizar as pessoas que defendem o tratamento inicial – ressaltou.

Ele então fez uma defesa desse tratamento inicial e desafiou a imprensa a questionar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se ele usou algum tratamento inicial para a Covid-19.

– Eu quero quero que a imprensa. Vocês não vão ter coragem de perguntar, quando o ministro Marcelo Queiroga voltar ao Brasil (…) Pergunte para ele se ele fez algum tratamento inicial nos Estados Unidos. Ou se ele ficou quietinho na embaixada tomando paracetamol. Ou se ele ficou rezando e usou o protocolo Mandetta, que dizia “fique em casa, quando sentir falta de ar, procure um hospital” – destacou.

Por fim, o presidente criticou diversas medidas adotadas no Brasil durante a pandemia e chegou na questão dos respiradores. Ele questionou então se a intenção não era para desviar recursos por meio da compra dos aparelhos.

– Parece que esse protocolo era para obrigar o pessoal a comprar respiradores a qualquer preço (…) Será que tudo não fazia parte de um plano? Só que encontraram um presidente da República diferente dos outros. Que não se intimidou. Que não se acovardou. Que não partiu para o politicamente incorreto. Sempre disse que temos que enfrentar os vírus. Lamentamos as mortes – pontuou.