A declaração foi dada durante conversa com jornalistas e apoiadores, em Guarujá, São Paulo, onde o mandatário passa o feriadão
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, neste domingo (10/10), que o governo não comprará mais doses da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.
A declaração foi dada durante conversa com jornalistas e apoiadores, em Guarujá, São Paulo, onde o mandatário passa o feriado prolongado.
Questionado sobre as vacinas compradas para o calendário de vacinação contra a Covid-19 no ano que vem, Bolsonaro disse que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não vai mais adquirir a Coronavac.
“Queiroga parece que não vai comprar mais a Coronavac, se não me engano. Acho que está nessa linha. Porque tem a validade, segundo ele me disse, em torno de seis meses. Quem já foi vacinado há mais de seis meses o cartão de vacina tá irregular. A demagogia do cartão de vacina”, afirmou.
O mandatário disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia, chefiado por Marcos Pontes, está coordenando o desenvolvimento de 15 novas vacinas contra o coronavírus.
“Tem o Marcos Pontes que está desenvolvendo, acho, 15 novas vacinas. Tecnologia nossa. Vamos, infelizmente, ter que conviver com o coronavírus a vida toda”, pontuou.
O presidente foi questionado se compraria o imunizante caso ele fosse autorizado pela Anvisa. Ele citou a compra da Coronavac e disse que o Butantan vendeu a vacina por um preço elevado, acima do valor oferecido pela fabricante do fármaco.
“Nós compramos. Passou na tangente, 50,38% [de eficácia]. Agora vocês nunca perguntaram, nós compramos do Butantan a vacina a 10 dólares. Sabia que a matriz ofereceu para nós a 5 dólares?”, disse.
O presidente afirmou que a Controladoria-Geral da União está investigando o caso. “Vamos ver se teve algo errado ou não no Butantan, não sei. O Wagner Rosário [ministro-chefe da CGU] tá investigando. Temos documentado a oferta para nós a 5 dólares, e o Butantan tá vendendo a 10”, concluiu.