China interferiu nas eleições de 2020, CIA suprimiu informações

O Diretor de Inteligência Nacional, John Ratcliffe, afirmou sua convicção de que a China interferiu nas eleições federais de 2020, de acordo com uma carta enviada a membros do Congresso.

Na carta, a DNI Ratcliffe afirmou que não acredita “que a opinião majoritária expressa pelos analistas da Comunidade de Inteligência (IC) reflita plena e precisamente o escopo dos esforços do governo chinês para influenciar as eleições federais de 2020 nos Estados Unidos”.

Citando um relatório do Ombudsman Analítico da Comunidade de Inteligência, Barry Zulauf, o diretor Ratcliffe disse que alguns analistas relutavam em descrever as ações da China como interferência eleitoral porque discordavam das políticas do presidente Donald Trump.

“Os analistas da China hesitam em considerar as ações chinesas como influência ou interferência indevida. Esses analistas parecem relutantes em ter sua análise da China apresentada porque tendem a discordar das políticas do governo, dizendo, na verdade, não quero que nossa inteligência seja usada para apoiar essas políticas ”.

A carta de Ratcliffe continuou expondo o papel da Agência Central de Inteligência em embotar a publicação de relatórios sobre a interferência chinesa nas eleições de novembro;

“Houve grandes esforços para suprimir análises de alternativas em agosto e produtos de IC associados … Funcionários do Conselho Nacional de Inteligência relataram que funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA) rejeitaram os comentários de coordenação da NIC e tentaram minimizar as análises alternativas …”

“Além disso, o Ombudsman descobriu que a administração da CIA agiu ‘pressionando [analistas] a retirarem seu apoio’ do ponto de vista alternativo sobre a China na tentativa de suprimi-lo …”

Ratcliffe concluiu sua carta ao Congresso declarando: “Com base em todas as fontes de inteligência disponíveis, com definições aplicadas de forma consistente e alcançadas independentemente de considerações políticas ou pressão indevida, que a República Popular da China procurou influenciar as eleições federais de 2020 nos Estados Unidos.”