Vírus tem 50% de letalidade e nenhuma vacina eficaz
A pesquisadora Sarah Gilbert, o nome por trás do desenvolvimento da vacina AstraZeneca contra a Covid-19, alertou que a próxima pandemia mundial pode ser do vírus Nipah. A declaração fora dada durante um evento no Reino Unido, na última terça-feira (12).
De acordo com ela, ainda não existe vacina para esse vírus e os estudos que estavam em curso tiveram que ser interrompidos pela pandemia de covid-19.
– Se tivermos uma variante Delta do vírus Nipah , de repente teremos um vírus altamente transmissível com uma taxa de mortalidade de 50 por cento – disse.
Antes da pandemia do novo coronavírus, Sarah e sua equipe estavam trabalhando em vacinas para o vírus Nipah, febre de Lassa e Mers.
O Nipah está no topo da lista de dez doenças prioritárias que a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou como fontes potenciais de epidemias futuras. Recentemente, o vírus fez uma vítima na Índia, obrigando centenas de contatos próximos a ficarem em isolamento para conter um possível surto.
O vírus Nipah passa para humanos pelo contato com porcos infectados ou frutas contaminadas com urina e fezes de morcegos, que são reservatórios naturais desse vírus. A transmissão também pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa.
O vírus Nipah causa sintomas parecidos com os da gripe, como febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo, fadiga e dificuldades respiratória. Em casos mais graves, pode provocar inchaço do cérebro, com evolução para um coma.
O período de incubação pode variar de 4 a 14 dias.
De acordo com Sarah, o aprendizado que se deve ficar da pandemia da Covid-19 é de que as vacinas devem ser armazenadas para o caso de doenças sofrerem mutação e se tornarem altamente infecciosas.
– Aprendemos na pandemia que poderíamos fazer as coisas mais rapidamente, poderíamos fazer as coisas melhor, queremos aplicar essas lições, mas ainda precisamos obter financiamento para isso – declarou.
As vacinas produzidas ao longo da história, sempre tentaram eficácia, em cem por cento.
Vírus nipah é outro que merece todo o respaldo, da ciência global.