Renato Freitas Renato Freitas

Deputado do PT se declara “maconheiro” e anuncia plano de cultivar cannabis com ex-presidiários

Renato Freitas critica classe média de Curitiba e associa criminalização da droga ao racismo; parlamentar também é alvo do Conselho de Ética

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) voltou ao centro de debates após declarar, em entrevista ao portal Breeza, que pretende criar uma associação para o cultivo de cannabis medicinal com a participação de ex-presidiários. Durante a conversa, o parlamentar usou termos diretos, classificou a si mesmo como “maconheiro” e afirmou que a criminalização da planta no tem raízes racistas.

Freitas quer ex-detentos na linha de frente do cultivo

Segundo o deputado, a ideia é organizar um coletivo voltado à produção de cannabis para atender pacientes em situação de vulnerabilidade social.
Ele defendeu que os egressos do sistema prisional tenham protagonismo no projeto e atacou setores da classe média, especialmente de Curitiba:

“Vamos poder fumar nossa maconha na cara da classe média, branca, hipócrita, de Curitiba. Isso vai ser uma vitória.”

Durante a entrevista, Freitas relatou que já tentou plantar maconha em casa. Disse que colocou algumas sementes para germinar, mas o cultivo não evoluiu. Ele contou ainda que a mãe chegou a esconder as mudas no banheiro durante uma viagem, sem sucesso:

“O bagulho não ajudou muito.”

Parlamentar diz que criminalização é racista

Ao falar sobre seu posicionamento, Freitas reforçou que rejeita o termo “cannabis” em debates públicos e prefere assumir abertamente o uso recreativo:

“Eu não fumo cannabis, eu fumo maconha. Não sou canabizero, sou maconheiro. A planta é maravilhosa. A criminalização dessa planta na história de nosso país se demonstrou de caráter absolutamente racista.”

Confronto com manobrista amplia pressão política

As declarações do deputado ocorrem após um episódio de agressão que ganhou grande repercussão em 19 de novembro. mostram Freitas trocando socos e chutes com o manobrista Wesley de Souza Silva.
O parlamentar acabou com o nariz quebrado e alegou ter sido vítima de racismo, recebendo apoio de dirigentes do PT, como o presidente do partido, Edinho Silva.

As imagens mostram que a discussão começou quando o carro de Wesley passou perto de Freitas e de uma mulher que atravessavam a rua. O manobrista desceu do veículo para discutir, e, em seguida, o deputado e seu assessor atravessaram a via e iniciaram a agressão.

Caso chega ao Conselho de Ética da Alep

O confronto levou representantes de diversos partidos a apresentarem oito acusações contra o parlamentar no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
A lista cita comportamentos considerados incompatíveis com o decoro parlamentar, como:

  • tumultuar debates;
  • agredir colegas;
  • pressionar terceiros utilizando o mandato;
  • revelar tratativas sigilosas;
  • divulgar conteúdos restritos;
  • manipular verbas de gabinete;
  • favorecer financiadores;
  • registrar presença de forma irregular.

O Conselho deve analisar os casos e decidir se abre processo disciplinar contra o deputado.


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  1. Pelo tipo e as atitudes da pessoa dá pra imaginar seus votantes. Deus nos livre dessas criaturas

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