Tumulto na Câmara expõe impasse político em meio à escalada do crime organizado no Rio de Janeiro
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados terminou em grande confusão nesta terça-feira (28), durante uma discussão sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que já deixou mais de 64 mortos — entre criminosos e vítimas colaterais.
O debate, que deveria tratar do avanço das facções criminosas e da falta de integração entre governos no combate ao tráfico, acabou virando um palco de ataques políticos e ofensas pessoais entre deputados do PSOL e do PL, revelando como a disputa ideológica continua se sobrepondo à urgência da segurança pública.
Confronto entre PSOL e PL termina em tumulto
O tumulto começou quando o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-SP), encerrou a sessão antes de conceder a palavra à deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ).
Visivelmente irritada, Talíria chamou o parlamentar de “moleque covarde” e “agressor de mulher”, sendo contida por colegas. Deputados do PL reagiram com aplausos e vaias, e a sessão terminou sob gritos e tumulto.
Enquanto isso, a principal pauta — a crise de segurança no Rio — acabou deixada de lado.
Falta de união política deixa o Estado refém do crime
A operação Contenção, que mobilizou 2,5 mil agentes de segurança, teve como foco desmantelar o domínio do Comando Vermelho em áreas estratégicas do estado.
Mesmo assim, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o Rio está “lutando sozinho” contra o crime organizado, sem apoio suficiente do governo federal.
Castro revelou que já fez três solicitações oficiais ao Palácio do Planalto pedindo apoio logístico e envio de blindados do Exército, mas que todas foram negadas.
“Enquanto discutem ideologia em Brasília, o Rio sangra. Estamos combatendo facções com armamento pesado e recursos limitados. O Estado precisa de ajuda urgente”, afirmou o governador.
Deputados trocam provocações políticas
Durante a sessão, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) criticou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando o governo federal de “fechar os olhos para o tráfico”.
“O seu presidente negou três pedidos do governador. O Rio precisa de apoio, não de discursos. Lula é conivente com o tráfico, é amigo de narcotraficantes”, afirmou Nogueira, citando a suposta proximidade entre Lula e o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
Em resposta, Talíria Petrone e Henrique Vieira (PSOL-RJ) contra-atacaram:
“O seu presidente é um miliciano”, disseram, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O confronto se intensificou, e a discussão sobre o avanço do crime organizado, o narcotráfico internacional e o massacre de inocentes nas favelas foi completamente ofuscada pela briga partidária.
O crime avança
A realidade nas ruas é outra: as facções criminosas seguem dominando territórios, impondo toques de recolher, atacando policiais e aterrorizando comunidades inteiras.
A cada semana, novas operações revelam arsenais de guerra, com fuzis, granadas e até drones armados, utilizados por grupos como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro.
Enquanto isso, os moradores vivem sob medo constante, escolas fecham, e crianças ficam presas dentro de casa durante tiroteios.
A falta de cooperação entre União, Estado e municípios enfraquece a luta contra o crime e favorece a expansão das facções.
Especialistas em segurança pública alertam que o narcotráfico já se infiltra nas estruturas políticas e econômicas, financiando campanhas e lavando dinheiro em empresas legais — um problema que vai muito além das favelas.
O Rio de Janeiro é o retrato fiel como está o Brasil! O governo federal está atolado até a medula com as facções criminosas! Essa ideologia comunista não deu certo em nenhum lugar do mundo! Quantas famílias choram a perda de seus filhos arregimentados pelo tráfico!