“Doença”: Lula critica hábito de enviar “bom dia” pelo WhatsApp

Presidente ironiza troca de “bom dia” em grupos e diz que celular atrapalha até reuniões presenciais

Durante o 16º Congresso do PCdoB, realizado em Brasília nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas ao uso excessivo do celular e ao volume de mensagens em grupos de WhatsApp, classificando o comportamento como um caso de “dependência digital, uma doença”.

“Eu sempre achei que parente bom era aquele que a gente via uma vez por mês, mas agora é toda hora um ‘zap’ de ‘boa noite, querido’, ‘bom dia, querido’. Não sei pra que tanta conversa”, afirmou o presidente durante seu discurso.

Lula reclamou que até mesmo reuniões presenciais estariam sendo prejudicadas pelo uso constante do celular. Segundo ele, é comum ver pessoas com o aparelho sobre a mesa, distraídas em conversas online. “Isso é dependência digital, uma doença”, reforçou.

O presidente também comentou que evita ler mensagens à noite para não receber “notícia ruim” antes de dormir, associando o hábito de checar o celular constantemente à “inquietação” e à “falta de controle” nas relações pessoais.

“Todo mundo, antes de dormir, quer ver as últimas notícias. E quando acorda, em vez do marido dar um cheiro na mulher e a mulher dar um cheiro no marido, cada um pega o celular”, disse o petista, em tom de crítica bem-humorada.

O congresso do PCdoB, que segue até o dia 19, reúne cerca de 600 delegados de todo o país e contou com a presença de ministros, parlamentares e dirigentes partidários aliados ao governo.

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