Presidente dos EUA liderará cúpula sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, com presença de líderes árabes e europeus
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embarca neste domingo (12) para o Oriente Médio, onde cumprirá uma agenda marcada por eventos diplomáticos históricos. Segundo a Casa Branca, o republicano fará um discurso no Parlamento israelense (Knesset) e participará da cerimônia de implementação do plano de paz para a Faixa de Gaza.
A viagem começa com a partida de Washington rumo a Tel Aviv, onde Trump deve se reunir com famílias de reféns do Hamas na manhã de segunda-feira. Em seguida, o presidente discursará no Parlamento israelense antes de seguir para Sharm el-Sheikh, no Egito, onde presidirá a cúpula de assinatura do acordo de paz.
Cúpula de paz e presença internacional
A cerimônia, organizada pelo governo egípcio, será copresidida por Trump e pelo presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, segundo informou o ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelaty. O encontro contará com a presença de líderes de países árabes, europeus e asiáticos, reforçando o caráter internacional do pacto.
O plano de paz foi anunciado na última quarta-feira (8), após semanas de negociações mediadas pelos Estados Unidos. O acordo prevê a libertação de reféns, a retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza e a abertura de corredores humanitários para o envio de alimentos e medicamentos, estabelecendo um cessar-fogo temporário após dois anos de intensos confrontos entre Israel e o Hamas.
Expectativas e simbolismo político
O discurso de Trump no Knesset é visto como um gesto de apoio ao governo israelense e uma tentativa de consolidar seu papel como mediador de paz no Oriente Médio. A cerimônia no Egito, por sua vez, simboliza o início da implementação prática do acordo, considerado o passo mais concreto rumo à estabilização da região desde o início da escalada militar.
Fontes da diplomacia norte-americana afirmam que a presença de diversos países na cúpula busca garantir legitimidade internacional ao plano e monitorar o cumprimento das etapas previstas, especialmente no que diz respeito à libertação dos reféns e à retirada gradual das forças israelenses.