Declaração ocorre em meio a críticas à escalada tributária e ao agravamento do déficit público
Durante uma entrevista concedida na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou abertamente sobre a política de aumento de tributos no país. Em tom de naturalidade, Lula afirmou:
“De vez em quando o Márcio e o Alckmin chegam pra mim dizendo: presidente, precisa taxar em 15% não sei o quê, em 20%, eu tô lá taxando. Então eu acho que é um direito do presidente da República, taxar.”
A fala, interpretada por muitos como uma confissão direta da estratégia adotada por seu governo, reflete o cenário fiscal atual do país. Desde o início do terceiro mandato, em janeiro de 2023, o governo Lula já criou ou elevou ao menos 24 tributos — o equivalente a um novo imposto a cada 37 dias. Algumas estimativas indicam que esse número já ultrapassaria 27 aumentos em menos de três anos.
Déficit crescente mesmo com alta carga tributária
Apesar da sequência de taxações, o Brasil segue com contas públicas em desequilíbrio. Em 2023, o país encerrou o ano com um déficit de R$ 264,5 bilhões, o pior resultado fiscal em quase uma década, segundo dados do Ministério da Fazenda e da Agência Brasil.
O quadro piorou em 2025: apenas em julho, o governo central registrou rombo de R$ 59,1 bilhões, enquanto o déficit nominal total, que inclui juros da dívida, chegou a R$ 175,6 bilhões no mês e R$ 968,5 bilhões no acumulado de 12 meses.
A Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal, já projeta que o rombo fiscal de 2025 deve ultrapassar R$ 64 bilhões, equivalente a cerca de 0,5% do PIB.
Críticas à política econômica
Enquanto a carga tributária aumenta, o custo de vida para a população também sobe. Combustíveis, energia, serviços e produtos encareceram, pressionando ainda mais o orçamento das famílias.
Especialistas e opositores do governo apontam que a estratégia de reajustar impostos para cobrir déficits ignora o problema central: o excesso de gastos públicos e a falta de eficiência na gestão financeira do Estado.
Ainda assim, Lula tem defendido as medidas como parte do esforço para equilibrar as contas e garantir investimentos sociais — um discurso que divide opiniões dentro e fora do próprio governo.
…e corte de gastos nada!
Diminuir a máquina pública, nem pensar…
Diminuir benesses de cúmplices e apadrinhados , gastos exorbitantes com cartão corporativo , fora de cogitação .