EUA bombardeiam embarcação no Pacífico pela primeira vez

Ação militar ocorreu em águas internacionais e teria como alvo um barco ligado ao narcotráfico

As dos realizaram, pela primeira vez, um bombardeio a uma embarcação no Oceano Pacífico, próximo à costa da América do Sul, na noite de terça-feira (21). A operação faz parte da nova ofensiva norte-americana contra o internacional de drogas, intensificada nas últimas semanas.

O secretário de Guerra, Pete Hegseth, confirmou o ataque na tarde desta quarta-feira (22) e informou que duas pessoas morreram na ação. Segundo ele, o barco atingido pertencia a uma “organização terrorista” envolvida em atividades de narcotráfico transnacional.

“Havia dois narcoterroristas a bordo no momento do ataque, que foi realizado em águas internacionais. Ambos foram mortos, e nenhuma força norte-americana foi ferida”, declarou Hegseth em nota divulgada nas redes sociais.

O ponto exato da operação não foi revelado, e o governo dos Estados Unidos afirmou que os detalhes permanecem classificados por razões de segurança.


Operação inédita no Pacífico

O bombardeio marca a primeira ação militar norte-americana reportada no Pacífico desde o início da atual ofensiva contra o tráfico marítimo de drogas. Até então, ataques desse tipo haviam ocorrido apenas no Caribe, onde as forças dos EUA intensificaram a presença naval e aérea.

A operação ocorre em meio a uma escalada militar na região, que inclui o deslocamento de destróieres equipados com mísseis guiados, caças F-35 e um submarino nuclear, além de aproximadamente 6,5 mil militares destacados para o Atlântico Sul e o Caribe.

“Essa é uma nova fase da estratégia de combate ao narcotráfico, que agora cobre uma área muito mais ampla do continente”, afirmou um oficial do Departamento de Defesa sob anonimato.


Contexto regional e tensões diplomáticas

Nos últimos meses, os Estados Unidos ampliaram sua atuação militar nas águas próximas à América do Sul, alegando a necessidade de combater o tráfico marítimo e impedir que organizações criminosas latino-americanas ampliem suas rotas de envio de cocaína e outras drogas aos mercados norte-americanos.

A nova política de “ataque preventivo” — que permite ações diretas contra embarcações suspeitas, mesmo em alto-mar — tem gerado tensões diplomáticas com países vizinhos, como e , que acusam Washington de violar a soberania regional.

Em pouco mais de um mês, os EUA já realizaram sete ataques semelhantes, segundo agências internacionais. Estimativas não oficiais apontam que ao menos 32 pessoas morreram nessas ações no Caribe e no Atlântico Sul.

Apesar das operações, o governo norte-americano não divulgou dados sobre apreensões de drogas nem informações detalhadas sobre as provas que ligariam as embarcações ao tráfico.


Repercussão e questionamentos

Analistas de defesa e diplomacia têm questionado a proporcionalidade e a legalidade das ações norte-americanas. Segundo especialistas, bombardear embarcações civis em águas internacionais pode configurar violação de tratados marítimos, caso não haja comprovação de envolvimento direto com o crime organizado.

“Os Estados Unidos estão expandindo seu conceito de legítima defesa e aplicando ações militares em áreas onde normalmente haveria apenas interdições navais”, explicou o analista de segurança internacional Robert Jenkins, da Universidade de Georgetown.

O Pentágono reiterou, contudo, que todas as ações seguem “os protocolos internacionais de combate ao narcoterrorismo” e são conduzidas “em cooperação com aliados regionais”.


Histórico de operações similares

Desde 2020, os Estados Unidos têm concentrado esforços contra o tráfico marítimo de drogas em rotas do Caribe e da América Central, tradicionalmente usadas por cartéis da Colômbia e do México. Até então, os alvos das forças norte-americanas eram embarcações rápidas conhecidas como narco-boats e submarinos artesanais.

O ataque no Pacífico representa, portanto, uma ampliação da área de atuação militar, alcançando novas rotas utilizadas por grupos criminosos que transportam cocaína a partir da América do Sul até a Ásia e a Oceania.

Fontes do Departamento de Defesa afirmaram que a operação foi planejada por meses e que a embarcação destruída vinha sendo monitorada por satélites e aeronaves não tripuladas.


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  1. Vai ter tutubarao nsfsndo de costa pois as drogas afundaram junto. Vai ser difícil puxar uma carreira
    ….

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