Ex-presidente da Petrobras conversa com MDB e PDT de olho no Senado em 2026
O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta semana sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), após mais de dez anos de militância. O movimento abre espaço para negociações com partidos de centro, como MDB e PDT, com vistas a uma candidatura ao Senado em 2026.
Motivos da saída
Prates negou que sua decisão tenha relação direta com a saída da presidência da Petrobras, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após desentendimentos internos no governo. Segundo ele, o motivo principal foi a falta de espaço dentro do PT do Rio Grande do Norte.
“No Rio Grande do Norte, algumas áreas do partido preferiram ocupar espaços sem me consultar. Pensei que no PT esta seria a regra. Como não foi, vou-me embora para outro lugar que seja assim”, declarou em entrevista à CartaCapital.
Relação com a Petrobras
Afastado da estatal após atritos com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), Prates avalia que a Petrobras ainda segue parte da estratégia iniciada por ele, mas critica decisões recentes. Ele citou, por exemplo, os investimentos em etanol, que, em sua visão, prejudicam o avanço da transição energética.
Cenário eleitoral de 2026
Apesar da saída, Prates vê Lula como favorito à reeleição, mas pondera que a fragmentação da oposição pode alterar a disputa.
“Ter apenas um candidato da direita contra Lula é o cenário mais favorável para ele, o pior é ter cinco”, afirmou.
Para Prates, uma coalizão governista mais “equilibrada” deve ser construída para garantir governabilidade e estabilidade no próximo mandato.