Mark Zuckerberg parece se preocupar mais com os resultados financeiros do que com a liberdade de expressão.
Em nome da proteção da liberdade de expressão, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, há muito tempo está disposto a suportar as críticas de que sua empresa é muito permissiva com discursos de ódio, desinformação e apelos à violência. Mas um novo relatório do The Washington Post mostra que Zuckerberg está, de fato, disposto a censurar postagens agressivamente para garantir que o Facebook não seja expulso de um mercado desejável.
De acordo com esse relatório, o Partido Comunista do Vietnã emitiu um decreto ao Facebook no ano passado: coopere com a demanda do governo de que o Facebook ajude a censurar postagens antigovernamentais ou seja expulso da internet do país. O Facebook decidiu obedecer – e foi uma decisão pessoal de Zuckerberg.
“Antes do congresso do partido no Vietnã em janeiro, o Facebook aumentou significativamente a censura de postagens ‘antiestaduais’, dando ao governo controle quase total sobre a plataforma”, relatou o Post. Nos seis meses após Zuckerberg concordar em censurar as postagens antigovernamentais, essas postagens foram bloqueadas quase o triplo da taxa dos seis meses anteriores.
Zuckerberg alegou internamente que ficar totalmente offline prejudicaria o discurso no Vietnã ainda mais do que obedecer ao governo. (E em uma declaração ao The Post, o Facebook disse que a censura é justificada “para garantir que nossos serviços permaneçam disponíveis para milhões de pessoas que dependem deles todos os dias”.)
Uma resposta possível é que Zuckerberg não é o fanático pela liberdade de expressão que finge ser, mas, em vez disso, assume essa posição quando é melhor para os negócios.