Ministro Luiz Fux Ao Lado Do Ministro Alexandre De Moraes, Ambos Do STF Ministro Luiz Fux Ao Lado Do Ministro Alexandre De Moraes, Ambos Do STF

Fux pede revisão de voto antes da publicação do acórdão do julgamento de Bolsonaro; entenda

Ministro foi o único a divergir da maioria no caso que condenou o ex-presidente e outros sete réus por envolvimento em trama golpista

O ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou uma revisão de seu voto no que condenou o ex-presidente Jair e outros sete réus por envolvimento na investigada pela Corte. O pedido foi feito antes da publicação do acórdão, documento que consolida os votos e fundamentações dos ministros.

A solicitação foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão. Fux já havia enviado sua manifestação original, mas decidiu revisá-la antes que o texto fosse incorporado ao acórdão final. Esse tipo de revisão é comum em julgamentos complexos, especialmente quando o ministro busca ajustes técnicos ou de redação em suas justificativas.

Publicação do acórdão e prazo para recursos

O acórdão — que reúne todos os votos, fundamentos e eventuais complementações dos ministros — é essencial para a abertura do prazo de recursos e o início do cumprimento das penas impostas.

De acordo com o Regimento Interno do STF, o documento deve ser publicado em até 60 dias após a aprovação da ata da sessão. No caso de Bolsonaro, a sessão foi concluída em 24 de setembro, o que fixa o prazo final para 23 de novembro.

Somente após essa publicação as defesas poderão recorrer, contestando pontos específicos do julgamento ou pedindo a revisão da decisão. O prazo para interposição de recursos é de 15 dias após a divulgação do acórdão.

Voto isolado e condenações

Durante o julgamento do chamado “núcleo 1” da trama golpista, Luiz Fux foi o único ministro a divergir da maioria. Os demais integrantes da Corte acompanharam o voto do relator, formando maioria pela condenação do ex-presidente.

Ao final da sessão, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, enquanto os outros sete réus receberam penas que variam de 2 a 26 anos.

Segundo entendimento do STF, os recursos só são admitidos quando há ao menos dois votos pela absolvição — condição que não se aplica neste caso, já que apenas Fux votou a favor da absolvição.


Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *