Ministro do STF afirma que mobilização fortalece a democracia e cita papel da Corte na defesa das instituições
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou neste domingo (21) as manifestações organizadas pela esquerda contra o PL da Anistia e a PEC das Prerrogativas.
Segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP), apenas na Avenida Paulista cerca de 42 mil pessoas participaram do ato. Mobilizações semelhantes ocorreram em todas as capitais brasileiras.
Gilmar: “força do povo na defesa da democracia”
Em postagem nas redes sociais, Gilmar Mendes afirmou que os protestos representaram “a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia”.
Ele destacou que em diversos atos houve apoio explícito ao STF. Para o ministro, a Corte “esteve, mais uma vez, à altura da sua história, cumprindo com coragem e firmeza a missão de proteger as instituições e responsabilizar exemplarmente os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito”.
Defesa de pacto nacional
O magistrado defendeu que a mobilização popular seja transformada em um pacto nacional entre Executivo, Legislativo e Judiciário. “Graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos. Não por acaso, a bandeira que se estendeu nas ruas foi a do Brasil, símbolo maior da nossa soberania e da unidade nacional”, escreveu.
Ato reuniu partidos, sindicatos e artistas
Os protestos foram organizados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao Psol e ao PT, e tiveram a participação de sindicatos, do MST e de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, ambos anistiados em 1979.
Em Salvador, manifestantes usaram camisetas do PT e bonés do MST, gritando palavras de ordem como “Fascista a gente queima”.