MDB e Novo foram as legendas que mais se opuseram ao projeto que muda a incidência do imposto
A Câmara dos Deputados aprovou, por 392 votos a 71, na quarta-feira (13), o projeto que muda a incidência de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto. Após a aprovação do texto-base, os deputados rejeitaram as cinco emendas apresentadas pelos partidos de oposição ainda na noite de quarta-feira. O texto segue agora para o Senado.
Pelo texto aprovado, a cobrança passará a ser “ad rem”, ou seja, um valor fixo por litro – a exemplo de impostos federais PIS, Cofins e Cide. O modelo substituirá a cobrança atual, que é “ad valorem”, ou seja, um porcentual sobre o valor o preço de venda.
O ICMS hoje incide sobre o preço médio ponderado ao consumidor final, que é atualizado a cada 15 dias. Por isso, quando a Petrobras aumenta o preço do combustível, a arrecadação dos estados também cresce, mesmo que as alíquotas permaneçam inalteradas. O ICMS sobre gasolina varia hoje de 25% a 34%. Em São Paulo, por exemplo, é de 25%; no Rio de Janeiro, de 34%.
Entre os opositores do projeto na Câmara, parlamentares tradicionalmente contrários ao governo federal votaram contra a medida, como os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP), Lídice da Mata (PSB-BA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Já legendas como PT, PCdoB e PSB, que fazem parte da oposição, foram em sua maioria favoráveis ao projeto.
Por outro lado, os partidos Novo e MDB foram os que apresentaram o maior número de parlamentares com votos para rejeitar a mudança na incidência do imposto. No caso do MDB, 20 dos 25 deputados da legenda, ou seja, 80% dos representantes, votaram contra a alteração. No caso do Novo, o percentual foi ainda maior, já que todos os oito deputados federais da sigla se opuseram ao projeto.
Confira abaixo, por partido e em ordem alfabética, quais parlamentares votaram contra o projeto:
Cidadania
- Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)
DEM
- Alexandre Leite (DEM-SP)
- Eli Corrêa Filho (DEM-SP)
- Geninho Zuliani (DEM-SP)
- Kim Kataguiri (DEM-SP)
MDB
- Alceu Moreira (MDB-RS)
- Carlos Chiodini (MDB-SC)
- Celso Maldaner (MDB-SC)
- Dulce Miranda (MDB-TO)
- Flaviano Melo (MDB-AC)
- Giovani Feltes (MDB-RS)
- Gutemberg Reis (MDB-RJ)
- Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG)
- Herculano Passos (MDB-SP)
- Hermes Parcianello (MDB-PR)
- Hildo Rocha (MDB-MA)
- João Marcelo Souza (MDB-MA)
- José Priante (MDB-PA)
- Juarez Costa (MDB-MT)
- Leonardo Picciani (MDB-RJ)
- Márcio Biolchi (MDB-RS)
- Marcos Aurélio Sampaio (MDB-PI)
- Mauro Lopes (MDB-MG)
- Newton Cardoso Jr (MDB-MG)
- Raul Henry (MDB-PE)
Novo
- Adriana Ventura (Novo-SP)
- Alexis Fonteyne (Novo-SP)
- Gilson Marques (Novo-SC)
- Lucas Gonzalez (Novo-MG)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Paulo Ganime (Novo-RJ)
- Tiago Mitraud (Novo-MG)
- Vinicius Poit (Novo-SP)
PDT
- Afonso Motta (PDT-RS)
- Dagoberto Nogueira (PDT-MS)
- Damião Feliciano (PDT-PB)
PL
- Capitão Augusto (PL-SP)
- Luiz Carlos Motta (PL-SP)
PP
- Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
- Marcelo Aro (PP-MG)
PROS
- Gastão Vieira (PROS-MA)
PSB
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Milton Coelho (PSB-PE)
- Tabata Amaral (PSB-SP)
- Tadeu Alencar (PSB-PE)
PSC
- Paulo Eduardo Martins (PSC-PR)
PSD
- André de Paula (PSD-PE)
- Haroldo Cathedral (PSD-RR)
- Otto Alencar Filho (PSD-BA)
- Paulo Magalhães (PSD-BA)
- Sérgio Brito (PSD-BA)
PSDB
- Beto Pereira (PSDB-MS)
- Bruna Furlan (PSDB-SP)
- Daniel Trzeciak (PSDB-RS)
- Lucas Redecker (PSDB-RS)
- Otavio Leite (PSDB-RJ)
PSL
- Delegado Waldir (PSL-GO)
- Joice Hasselmann (PSL-SP)
- Julian Lemos (PSL-PB)
- Nereu Crispim (PSL-RS)
PSOL
- Áurea Carolina (PSOL-MG)
- Glauber Braga (PSOL-RJ)
- Ivan Valente (PSOL-SP)
- Luiza Erundina (PSOL-SP)
- Talíria Petrone (PSOL-RJ)
PT
- Henrique Fontana (PT-RS)
- Valmir Assunção (PT-BA)
- Vander Loubet (PT-MS)
- Zé Neto (PT-BA)
PTB
- Maurício Dziedricki (PTB-RS)
PV
- Enrico Misasi (PV-SP)
Até o capitão Augusto votou contra.