Aproximação ocorreu após debate sem confronto na GloboNews e resultará em obra lançada em março
De posições políticas distintas, Manuela d’Ávila e Cíntia Chagas decidiram transformar o diálogo em parceria. As duas anunciaram que vão lançar um livro em coautoria sobre feminismo, projeto que nasceu após um debate televisivo marcado pelo tom respeitoso e pela ausência de embates diretos.
Neste sábado (20), ambas publicaram nas redes sociais registros de um encontro realizado na noite de sexta-feira (19), na residência de Cíntia Chagas. Segundo a influenciadora, a conversa foi uma continuidade do que ela definiu como o “marcante debate da GloboNews”, exibido em outubro.
Três horas de conversa deram origem à obra
De acordo com Cíntia, o encontro resultou em quase três horas de diálogo gravado, que servirá de base para o livro. A previsão é de lançamento em março, mês tradicionalmente associado às pautas femininas.
“Foram quase três horas de diálogo registradas, que darão origem a um livro a ser lançado em março, no mês das mulheres” – afirmou.
Ela explicou que o conteúdo abordará experiências compartilhadas por mulheres brasileiras, destacando desigualdades e dores que, segundo ela, decorrem exclusivamente da condição feminina.
“A obra percorrerá dores e experiências comuns às mulheres brasileiras, injustiças que existem unicamente pelo fato de sermos mulheres. Rimos, choramos, emocionamo-nos”.
Cíntia encerrou a publicação com uma mensagem que surpreendeu parte do público, considerando seu histórico recente de posicionamentos mais duros no debate público:
“Que o nosso livro una, fortaleça e solidifique as vozes femininas do nosso país.”
Manuela destaca diálogo e respeito no debate
Já Manuela d’Ávila, ativista feminista e recentemente filiada ao PSOL, também comentou a parceria. Ela classificou o debate na GloboNews como “um dos momentos mais legais deste ano”.
Segundo Manuela, havia expectativa de confronto por parte de espectadores, mas o encontro seguiu por outro caminho.
“Em um ambiente respeitoso, pudemos trocar ideias sobre feminismo e violência contra as mulheres. Falamos dos espaços que reproduzem e mantêm essa violência”.
Ela finalizou de forma sucinta:
“Fico feliz”.