Primeiro Ministro Da Itália, Mario Draghi Foto EFEEPAAngelo Carconi Primeiro Ministro Da Itália, Mario Draghi Foto EFEEPAAngelo Carconi

Itália: Presidente decide aceitar renúncia do primeiro-ministro

Próximos passos devem ser a dissolução do Parlamento e a antecipação das eleições

O presidente da , Sergio Mattarella, aceitou nesta quinta-feira (21) a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi, que permanecerá no cargo interinamente, até que um novo chefe de governo seja definido.

Draghi se reuniu com Mattarella para apresentar sua renúncia após três grandes partidos de seu governo de coalizão – o conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi; a ultradireitista Liga, de Matteo Salvini; e o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), de Giuseppe Conte – se recusarem a apoiá-lo em uma sessão de voto de confiança realizada na quarta (20) no Senado.

O próximo passo da política italiana a partir de agora deve ser a convocação de eleições antecipadas. O pleito pode acontecer no final de setembro ou início de outubro, e é provável que o anúncio da dissolução do Parlamento demore alguns dias para chegar a fim de se adaptar aos prazos estabelecidos pela Constituição, de acordo com a imprensa italiana.

– O presidente da República tomou conhecimento. O governo permanece em funções para cuidar dos assuntos atuais – disse a chefia de Estado italiana em um comunicado.

Draghi, que após se encontrar com Mattarella se reuniu com a presidente do Senado, Elisabetta Casellati, já havia anunciado na Câmara dos que iria apresentar renúncia ao chefe de Estado.

O primeiro ministro foi ao Senado na quarta para tentar reconstruir a coalizão de união nacional que o apoiava e venceu a votação de confiança por um placar de 95 votos a favor e 38 contra. Porém, apenas 133 do total de 320 senadores votaram, devido às ausências dos parlamentares do M5S, do Força Itália e da Liga.

O economista liderava essa coalizão desde fevereiro de 2021. Ela incluía quase todos os partidos com representação parlamentar, exceto o ascendente Irmãos de Itália, de ultradireita e liderado por Giorgia Meloni. Na semana passada, a coalizão rachou após o M5S não ter votado a favor da realização da votação de confiança.


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