Declaração sobre pedrada gera repercussão e professora pede apoio ao governo Lula

Jacqueline Muniz diz ter sido alvo de ataques após comentário polêmico sobre uso de pedras contra criminosos armados

A professora Jacqueline Muniz, do Departamento de da Universidade Federal Fluminense (UFF), pediu proteção ao após relatar ter recebido ameaças nas redes sociais. O pedido foi encaminhado ao Ministério dos Direitos Humanos nesta segunda-feira (3), com intermediação do vereador Leonel de Esquerda (PT), coordenador da Comissão de Favelas da Câmara do Rio de Janeiro.

A solicitação busca incluir a docente no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos, criado em 2019 para resguardar pessoas ameaçadas por sua atuação em defesa de direitos sociais e políticas públicas.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Jacqueline afirma que as ameaças se intensificaram após declarações polêmicas sobre a Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro no fim de outubro. A ação resultou em 121 mortes, sendo quatro policiais e o restante de suspeitos ligados ao (CV), conforme o governo estadual.

Durante uma entrevista, Muniz criticou o modo como a operação foi conduzida e ironizou o uso de força letal pela polícia. “O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tenta levantar o fuzil pra atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito”, afirmou.

A fala repercutiu amplamente e gerou críticas, especialmente de parlamentares de direita. A professora citou os deputados (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) como alguns dos que, segundo ela, estimularam ataques e intimidações online.

Jacqueline Muniz, que é cientista política e antropóloga, também classificou a operação policial como “marketing político”, afirmando que “há três décadas a cidade usa a guerra contra o crime para ganhar eleição”. Para ela, a ação “fortalece o bolsonarismo e não melhora a segurança pública**”.

O Ministério dos Direitos Humanos ainda não informou se o pedido de proteção foi aceito.


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