Jornalistas Protestam Em Frente à Editora Globo Jornalistas Protestam Em Frente à Editora Globo

Jornalistas do Estadão, Folha e Globo param por reajuste

Categoria quer aumento devido à inflação

Nesta quarta-feira, ao menos 300 jornalistas de Folha de S. Paulo, Globo, Valor, Agora e Estado de S. Paulo promoveram uma paralização exigindo um reajuste de 8,9% em seus salários. Os profissionais cruzaram os braços das 16h até às 18h argumentando que o aumento é necessário para compensar a alta da inflação.

O protesto foi organizado por profissionais de São Paulo, mas acabou sendo aderido por jornalistas de outros estados e do DF porque a Convenção Coletiva de Trabalho acertada com as empresas sediadas em SP também valem para as sucursais.

A categoria também promoveu as hashtags #JornalistasSalvamVidas e #JornalistasVãoParar no Twitter, tornando-se o quarto assunto mais comentado da rede social. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo também se pronunciou na plataforma e declarou que o dia “foi histórico: Jornalistas das maiores redações de jornais e revistas paralisaram pelo reajuste salarial de 8,9% em todas as faixas salariais”.

O presidente do sindicato, Thiago Tanji, se pronunciou exaltando a atuação da imprensa durante a pandemia e pediu “dignidade”.

– Nossa categoria trouxe informações essenciais, que ajudaram a amenizar esse momento. Recebemos ataques, ameaças nas ruas. Ano passado, boa parte das redações teve redução de salário, sem redução de jornada. Hoje, com essa inflação altíssima, nosso poder de compra vai sendo deteriorado a cada dia – reclamou.

Os profissionais do jornal O Globo, do Valor Econômico e das revistas da editora Globo escreveram uma carta criticando a postura da empresa com seus profissionais e com quatro questionamentos à diretoria. São eles:

1. “Se a empresa recebeu resposta positiva de seus funcionários ao pedir redução temporária de salários nas horas mais incertas da pandemia e se o sacrifício de jornalistas profissionais é usado como bandeira para campanha institucional do Grupo Globo, qual é a justificativa para tamanha ferocidade no tratamento econômico?”

2. “Se os resultados da Editora Globo são notadamente positivos, qual é a lógica de oferecer arrocho salarial como “prêmio” pelo atingimento de metas?”

3. “Tirar proveito do momento de fragilidade social dos jornalistas para aviltar as condições econômicas dos próprios colaboradores é uma postura que se coaduna com os valores defendidos pelo Grupo Globo?”

4. “Por que empobrecer os jornalistas?”

Na última segunda-feira (8), as empresas ofereceram ao sindicato três faixas de reajuste, além da volta da multa da PLR (Participação nos Lucros Reais), reajustada em 8,9%, no entanto a categoria não aceitou.

A proposta previa que salários de até R$ 5 mil receberiam o reajuste de acordo com a inflação de junho (8,9%), sendo 5% retroativo à data-base em junho e a diferença em janeiro. Os salários de R$ 6 mil a R$ 7 mil teriam reajuste de 6% em duas parcelas, sendo 5% em junho e a diferença em janeiro. Já os salários superiores a R$ 7 mil receberiam aumento fixo de R$ 420, sendo R$ 350 retroativo a junho e a diferença em janeiro.

O pagamento das diferenças seria feito por meio de duas parcelas: em novembro e dezembro.


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