Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi o único do grupo a não apresentar recurso ao STF
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu não recorrer da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na tentativa de golpe de Estado. Com essa escolha, ele pode ter a pena extinta antes dos outros réus ligados ao caso.
Cid foi o único entre os integrantes do chamado “núcleo 1” que não apresentou recurso até esta segunda-feira, 27. Condenado a dois anos em regime aberto, o militar havia firmado um acordo de colaboração premiada, o que lhe garantiu a punição mais branda entre os envolvidos.
Defesa aposta no encerramento rápido do processo
A equipe jurídica de Cid explicou à CNN Brasil que a estratégia é aguardar o trânsito em julgado para pedir o reconhecimento da extinção da pena e o fim de todas as restrições judiciais. Segundo os advogados, a defesa ficou satisfeita com a decisão, já que todos os pedidos foram atendidos: pena reduzida, devolução de bens e valores e proteção da Polícia Federal para o militar e sua família.
Pedido anterior de liberdade foi negado
Em setembro, logo após o julgamento no STF, os defensores de Cid solicitaram a retirada da tornozeleira eletrônica e o reconhecimento do cumprimento integral da pena, argumentando que ele já havia passado dois anos e cinco meses sob restrições de liberdade.
O ministro Alexandre de Moraes, porém, negou o pedido naquele momento, afirmando que só o analisaria após o trânsito em julgado. Agora, com o processo prestes a ser encerrado, a defesa deve renovar o requerimento, o que pode resultar na liberdade definitiva de Mauro Cid antes dos demais condenados.