Médico De Divinópolis Diz Que Não Adquiriu Anticorpos Após Imunização Com A CoronaVac Médico De Divinópolis Diz Que Não Adquiriu Anticorpos Após Imunização Com A CoronaVac

Médico vacinado com CoronaVac exige nova dose e diz que não adquiriu anticorpos

Dermatologista Delano Santiago fez declaração baseada em exame sorológico.

Após o médico dermatologista que atua em Divinópolis, Delano Santiago Pacheco, ter divulgado um vídeo na internet em que afirma que tomou duas doses da CoronaVac e não adquiriu anticorpos contra a Covid-19, baseado em um exame sorológico feito por ele.

Em vídeo gravado e publicado na internet, o dermatologista, que também é ex-vereador de Divinópolis, aparece no consultório onde atua sendo filmado por uma pessoa que não foi identificada na gravação. Delano então começa dizendo que tem “um comunicado muito sério para se fazer”.

Em seguida, diz que após seis meses de vacinado fez um exame de titulação de anticorpos e o mesmo deu negativo. Ele completou falando que tomou a CoronaVac e afirmando que não adquiriu anticorpos contra a doença.

Ainda no vídeo, Delano mostrou um papel do exame e reclamou:

“10% de resultado, enquanto deveria ter dado acima de 20% ou 50%. Eu não tenho anticorpos contra o coronavírus mesmo após vacinado, e aqui está a prova”.

Depois, Delano exigiu uma nova vacinação. “Por direito eu exijo uma nova vacinação. Eu estou no grupo de frente atendendo coronavírus. Fui vacinado com a CoronaVac e medi os anticorpos e não atingiu meu anticorpo,” salientou.

“Eu não tenho anticorpo com a vacina CoronaVac. Isso é um absurdo, um exame caríssimo, eu sabia que tinha algo de errado”, finalizou.

O outro lado

Depois da repercussão nas redes sociais a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por meio da Central de Imunização, emitiu uma nota. Veja abaixo a íntegra:

“Diante dos crescentes questionamentos sobre a realização de exames para avaliar a eficácia de e das solicitações de doses adicionais de imunobiológicos, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por meio da Central de Imunização, vem através dessa nota, descrever e apresentar algumas fundamentações científicas que desaconselham a realização de testes de dosagem de anticorpos neutralizantes para avaliar a proteção imune contra Covid-19 gerada por meio dos imunobiológicos.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), por meio de nota técnica de 26/03/2021, esclarece que a resposta imunológica desenvolvida pela vacinação não depende apenas de anticorpos neutralizantes. Há a estimulação do sistema imunológico de forma mais ampla, gerando também anticorpos não neutralizantes que agem de maneira diferente e a estimulação de células TCD4+ e TCD8+ (imunidade celular). Além disso, aliada à resposta imune específica, contamos também com a imunidade inata, mais um mecanismo de proteção contra infecções. Nesse sentido, a complexidade que envolve a proteção contra a doença torna desaconselhável a dosagem de anticorpos neutralizantes com o intuito de se estabelecer um correlato de proteção clínica.

A Agência Nacional de Vigilância Nacional (ANVISA), em nota técnica sobre o assunto, afirma que não existe, até o momento, definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes necessária para conferir proteção imunológica contra a infecção pelo covid-19. Dessa forma, não há embasamento científico para recomendar o uso destes testes laboratoriais para determinar proteção vacinal.

Os imunobiológicos em uso no Brasil passaram por análise e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os municípios brasileiros devem seguir o esquema vacinal e dosagem estabelecidos pela Anvisa e que foram definidos após estudos clínicos específicos.

O Ministério da Saúde (2021) informa que, os indivíduos que iniciaram a vacinação contra a Covid-19 deverão completar o esquema com a mesma vacina. Afirma também que, indivíduos que, por ventura, venham a ser vacinados de maneira inadvertida com duas vacinas diferentes ou com esquemas vacinais com quantidade de doses ou com prazos inadequados deverão ser notificados como um erro de imunização e serem acompanhados com relação ao desenvolvimento de eventos adversos e falhas vacinais. Diante desse contexto, no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra Covid-19, fica estabelecido que não se recomenda a administração de doses adicionais de vacinas.”


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