MP investiga vazamento de sangue humano em cano de Pelotas (RS)

Funerária suspeita de descarte irregular é alvo de apuração do Ministério Público

Cano rompe e espalha líquido vermelho nas ruas da cidade

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) abriu investigação contra uma funerária de Pelotas suspeita de realizar descarte irregular de sangue humano. O caso está sob responsabilidade da 2ª Promotoria de Especializada da comarca, conforme comunicado publicado pelo órgão nas redes sociais nesta terça-feira (4). O nome da empresa investigada não foi divulgado.

A apuração começou após um cano se romper e jorrar um líquido vermelho no esgoto da cidade, na última sexta-feira (31). Diante da denúncia, o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) e o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (Patram) realizaram vistoria e autuação da funerária na segunda-feira (3), cumprindo determinação do Ministério Público.

Amostras passam por análise técnica

As autoridades aguardam agora o laudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), responsável pela análise das amostras coletadas no local, para confirmar a composição do material e o grau de contaminação.

O promotor de Justiça Adriano Pereira Zibetti, que conduz o caso, informou que também foi solicitada uma verificação nas demais funerárias do município, a fim de garantir a regularidade dos planos de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) e a destinação correta dos resíduos gerados.

Setor de embalsamento foi interditado

Segundo a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), o líquido encontrado era sangue humano proveniente de um serviço de embalsamento, e o setor responsável pela prática foi interditado.

O embalsamento consiste em substituir o sangue de uma pessoa falecida por substâncias químicas conservantes, prolongando o tempo de preservação do corpo antes do sepultamento.

Ainda conforme a SQA, não há risco para a água potável distribuída pelo Sanep, mas o descarte irregular do material pode contaminar o subsolo e causar danos ambientais.

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