Na França, inflação chega a máxima em 13 anos

Os últimos dados do INSEE mostram uma taxa de inflação anual que atingiu 2,8% em novembro, um recorde desde 2008, de acordo com alguns índices.

O consumo das famílias, por sua vez, apresentou desaceleração inesperada em outubro. Em um ano, de acordo com estimativa provisória do INSEE, os preços ao consumidor aumentariam 2,8% em novembro de 2021, após + 2,6% no mês anterior. Este aumento da inflação deve-se em grande parte ao aumento dos preços da energia, que atingiu 21,6% em um ano, enquanto os preços dos alimentos caíram ligeiramente em 0,4%.

No mês passado, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite comparações com outros países da área do euro, aumentou 3,4% ao longo de um ano, um aumento sem precedentes desde setembro de 2008. A taxa de inflação em um ano é, aliás, um pouco superior às projeções de economistas ouvidos pela Reuters, que esperavam manter neste mês o patamar de 3,2% observado em outubro. Em uma publicação separada, o INSEE relata uma queda de 0,4% no consumo de bens das famílias francesas em outubro, enquanto os economistas previram que permaneceria estável.

Com essa queda impulsionada principalmente pela queda acentuada no consumo de bens manufaturados (-1,8% após + 1,9% em setembro), o consumo das famílias de bens segue abaixo do nível pré-crise, em -1,8% ante o nível do quarto trimestre de 2019, antes do surgimento da pandemia COVID-19.

Com informações da RT