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“Não Vou Tirar Pobre da Rua” é um reconhecimento tácito do fracasso das Políticas do PT

Lula e a COP30: Pobreza em Belém como elemento de discurso político sem soluções estruturais

A recente declaração do presidente Luiz Inácio da Silva (PT), de que não removerá os pobres das ruas de Belém para a realização da COP30 em 2025, revela mais do que uma postura populista: expõe uma contradição latente na narrativa progressista. Ao afirmar que os visitantes internacionais deverão “conhecer a capital paraense como ela é”, Lula utiliza a pobreza como um elemento de discurso político, mas não apresenta soluções concretas para enfrentá-la de forma estrutural e eficaz.

O Esvaziamento das Soluções

O presidente promete não maquiar Belém para receber a cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, mas esquece que o problema não está em “maquiar” ou não a cidade, e sim em enfrentar as causas profundas da miséria que assola a região. Essa declaração de que a cidade será apresentada “com todos os defeitos e deficiências” é, na prática, um reconhecimento tácito do fracasso das políticas públicas de sua própria gestão em combater a pobreza.

Desde o início de seu terceiro mandato, o governo Lula ressuscitou programas de forte apelo popular, como o Minha Casa Minha Vida, mas não conseguiu apresentar resultados efetivos que diminuam a vulnerabilidade social em larga escala. Ao contrário, as políticas assistencialistas perpetuam uma dependência crônica do Estado sem promover uma verdadeira emancipação econômica.

O Contexto da COP30: Contrastes e Desafios

A COP30 será realizada em uma das regiões mais pobres do Brasil, marcada por profundas desigualdades sociais e econômicas. No entanto, o evento coloca em evidência o contraste entre o discurso ambientalista global e a realidade local. A especulação imobiliária e o aumento nos preços de aluguéis já estão impactando Belém, e o governo federal, que tanto alardeia sua preocupação com os mais vulneráveis, ainda não conseguiu implementar uma simples plataforma de gerenciamento de hospedagens.

Mais do que isso, a ideia de que os visitantes internacionais devem aceitar as condições precárias de infraestrutura e pobreza extrema soa como um cinismo travestido de virtude. Afinal, o mesmo governo que defende essa postura é aquele que deveria estar promovendo políticas públicas de desenvolvimento sustentável, geração de empregos e investimentos em infraestrutura.

A Hipocrisia Progressista

Essa situação reflete um padrão recorrente no pensamento progressista: discursos moralistas desconectados da prática. Lula utiliza a retórica da “autenticidade” de Belém para justificar a ausência de melhorias substanciais, ao mesmo tempo em que lidera um governo que privilegia ideologias ineficientes e rejeita parcerias com a iniciativa privada, que poderiam trazer investimentos significativos para a região.

Além disso, a escolha de Belém como sede da COP30 também parece ser mais um gesto simbólico do que estratégico. Em vez de priorizar cidades com maior capacidade logística e infraestrutura, o governo optou por reforçar a narrativa de “inclusão” e “diversidade”, enquanto a população local sofre as consequências práticas dessa decisão.

Oportunidade Perdida

A COP30 poderia ser uma oportunidade para transformar Belém em um exemplo de desenvolvimento sustentável e modernização urbana, com investimentos em infraestrutura, saneamento básico e transporte. No entanto, sob a liderança de Lula, o evento corre o risco de se tornar apenas mais uma vitrine para discursos vazios, enquanto a pobreza é romantizada e as soluções reais continuam a ser ignoradas.

O Brasil precisa de lideranças que enxerguem na pobreza não uma ferramenta retórica, mas um problema a ser resolvido. A escolha entre esconder a miséria ou ostentá-la como símbolo de autenticidade é uma falsa dicotomia. O verdadeiro desafio está em promover reformas que libertem os cidadãos da dependência estatal e permitam que prosperem em uma sociedade mais livre e justa. Essa deveria ser a meta do governo – não um teatro ideológico em plena COP30.

Editorial – ContraFatos


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  1. Covardiadesse desgoverno o povo deve sair nas ruas aí em Belém no dia da cop. E mostrar quem é pobre mas tem voz

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