Tedros Adhanom, Diretor Geral Da OMS Tedros Adhanom, Diretor Geral Da OMS

OMS explica vídeo em que Tedros parece dizer que reforço da vacina “mata crianças”

Entidade diz que interpretação está incorreta e que confusão foi causada por forte sotaque do diretor-geral

Circula nas redes sociais um vídeo em que o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) aparentemente diz que países estão usando reforços da vacina para “matar crianças”. A entidade emitiu uma nota a agências internacionais explicando que a interpretação está “completamente fora de contexto” e que a confusão ocorreu devido ao forte sotaque de Tedros Adhanom, que é da Etiópia.

O vídeo em questão foi gravado durante uma coletiva no último dia 20, em Genebra, na Suíça. A entrevista completa está disponível no site da OMS, e o trecho em questão está registrado por volta dos 26 minutos e 44 segundos.

Na ocasião, Tedros falava sobre a aplicação de doses de reforço da vacina em crianças e pessoas fora dos grupos de risco. A posição da OMS é que se priorize o repasse de vacinas para países pobres que ainda não tiveram acesso aos imunizantes, em vez de aplicá-las em pessoas com menos chances de desenvolver casos graves.

Ao reiterar o posicionamento da OMS a esse respeito, Tedros teria errado ao falar a palavra “children” (crianças, em inglês), e o som teria saído como “kil”, remetendo à palavra “kill” (matar, em inglês). Segundo um porta-voz da entidade disse à BBC Internacional, o diretor gaguejou na primeira sílaba da palavra, causando a confusão.

– Ele repetiu a mesma sílaba, e saiu ‘cil-children’. Qualquer interpretação diferente dessa é 100% incorreta – destacou.

Em nota, a OMS diz ainda que a intenção de Tedros era dizer que “se o reforço for usado, é melhor que o foco seja naqueles grupos que têm risco da forma grave da doença ou morte, em vez de, como estamos vendo, alguns países dando reforço para crianças, o que não é correto”.

O posicionamento da OMS sobre vacinas infantis é que os imunizantes aprovados até o momento para essa faixa etária são seguros e eficazes, mas há grupos mais urgentes a priorizar.


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