Plenário Da Câmara Dos Deputados No Brasil Foto Reprodução Câmara Dos Deputados Plenário Da Câmara Dos Deputados No Brasil Foto Reprodução Câmara Dos Deputados

Oposição na Câmara tentará obstruir PEC dos Benefícios

Informação foi dada após reunião com presidente da Câmara, Arthur Lira, nesta terça

Após uma reunião em com o presidente da Câmara dos Deputados, (PP-AL), líderes de partidos de oposição ao governo, como PDT, PCdoB, PSOL, PT e PSB, por exemplo, disseram nesta terça-feira (5) que tentarão barrar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê uma série de benefícios sociais até o fim deste ano.

De acordo com os parlamentares, não houve um acordo sobre a tramitação do texto. A oposição reclama também que os prazos regimentais não podem ser atropelados. Integrantes do PT, PCdoB e PDT ainda trabalham para aumentar os benefícios da PEC. Eles são favoráveis a inclusão de motoristas de aplicativos e de vans escolares no “auxílio gasolina”, por exemplo.

– Nós vamos usar todos os artifícios regimentais possíveis. Onde estiver espaço para ampliar o debate e colocar isso mais para frente, faremos – ressaltou o líder da oposição, Wolney Queiroz (PDT-CE), em entrevista após o encontro com o presidente da Casa.

Já o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), disse que “ninguém” é contra o que está previsto no texto, mas que a oposição entende que o governo não precisava patrocinar uma emenda constitucional.

– Ninguém em sã consciência é contra o Auxílio Brasil, o vale gás. O que entendemos é que o governo não precisa dessa emenda constitucional para tentar burlar as leis eleitorais deste país – ilustrou.

Mesmo que o parecer seja aprovado na comissão, o que levaria a proposta para o plenário da Casa, os opositores pretendem apresentar uma série de requerimentos na reta final de votação do projeto para atrasar mais ainda a tramitação da PEC. Entre os pedidos, estarão requerimentos de retirada de pauta, requerimentos de adiamento de discussão, entre outros previstos regimentalmente.

Já antevendo esse cenário, Lira ressaltou a líderes partidários que a proposta ainda não deve ser votada nesta quarta (6). A tendência é que o presidente da Câmara sugira um acordo para que o texto seja discutido para votá-lo na próxima quinta (7) ou ainda terça (12) da semana que vem.

Lira também deve se reunir com líderes de partidos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. A PEC já passou pelo Senado e agora está em análise na Câmara. Para ser aprovada, precisa do apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares (308 dos 513 deputados), em dois turnos de votação.

Para agilizar a entrada em vigor do texto, o governo e o presidente da Câmara articulam a votação da proposta como aprovada no Senado.

SOBRE A PEC DOS BENEFÍCIOS

Aprovada no Senado na última quinta (30), a PEC amplia uma série de benefícios sociais. Após uma negociação com o MDB e o governo, o relator do texto no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), incluiu na proposição um auxílio gasolina de R$ 200 por mês a taxistas, com custo de R$ 2 bilhões, e a destinação de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil.

Além disso, a PEC já previa zerar a fila de espera do Auxílio Brasil e aumentar o valor do programa social de R$ 400 para R$ 600 até o final do ano. Outra medida é a instituição de um auxílio de R$ 1 mil por mês para caminhoneiros e um reajuste no valor do auxílio gás.

Na votação no Senado, foram 72 votos a favor no primeiro turno e 67 no segundo. Serra foi o único a votar contra nos dois turnos. O texto agora tramita na Câmara dos Deputados.


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