O prefeito do Rio, Eduardo Paes, manifestou a intenção de oferecer uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 no fim do ano.
À tarde, durante uma agenda oficial, Paes revelou que a medida pode dar um início a um esquema anual de revacinação. Segundo especialistas, essa necessidade pode ser motivada pelo surgimento de novas cepas do coronavírus e pelo tempo de imunidade conferido pelas fórmulas disponíveis, que tem sido objeto de estudos no mundo inteiro.
Segundo o prefeito, o Rio também pode estender a toda a população a intercambialidade (ou seja, a combinação) entre as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech. Hoje, a possibilidade está restrita a gestantes e puérperas, como o GLOBO adiantou na terça-feira. A reportagem apurou que essa hipótese será discutida na próxima reunião do comitê científico de enfrentamento à Covid-19 da cidade, na segunda-feira.
— Primeiro, a gente percebe que vai haver uma quantidade de doses disponíveis, que já foram adquiridas pelo governo federal. Então, provavelmente, e é algo que já vemos em outros lugares do mundo, vamos ter que, pelo menos por um período, ter a vacinação anual contra a Covid-19. A gente já introduziu um primeiro tema, que é a possibilidade de você até misturar a AstraZeneca com a Pfizer, entre as grávidas, mas isso pode ser levado para outras pessoas, até para a totalidade da população — comentou Paes.
As doses de reforço seriam para todas as pessoas com 60 anos ou mais. O prefeito explicou que, com o fim do calendário adiantado, caso a medida seja implementada, haverá tempo para vacinar novamente a população idosa, que já foi imunizada no início do ano.
– Estamos avançando muito o calendário, chegamos aí a um prazo de 4 de agosto, que vai ser cumprido no dia 17 de julho. Então, há uma chance grande ali de a gente chegar ali em meados de agosto e já ter dado a segunda dose em todo mundo, e poder pegar as pessoas mais idosas, que já tomaram no início do ano, que provavelmente terão que ser vacinadas de novo – acrescentou.
Segundo Paes, a ideia está sendo avaliada pelo comitê científico de enfrentamento à Covid-19 da cidade:
– Não está definido, é uma proposta formulada pelo comitê científico da prefeitura, com o secretário Daniel Soranz, e deve ser levado ao Ministério da Saúde. Inclusive, já falei sobre isso com o ministro Queiroga quando ele esteve aqui, na semana passada. Mas essa é uma decisão do Plano Nacional de Imunização, quero deixar aqui claro, também, que eu sou leigo no assunto, e estou só reproduzindo as informações que eu recebi.