Aeronave fazia rota entre Denver e Los Angeles; especialistas investigam se impacto pode ter sido causado por detrito espacial
Um piloto da United Airlines ficou ferido e precisou realizar um pouso de emergência depois que um objeto não identificado atingiu o para-brisa de um Boeing 737 MAX 8 que voava a 36 mil pés (cerca de 10 mil metros de altitude) entre Denver e Los Angeles, nos Estados Unidos. O incidente ocorreu na quinta-feira (16/10) e deixou o braço do piloto sangrando, numa cena incomum e considerada raríssima na aviação comercial.
A bordo do voo 1093 estavam 140 passageiros, que foram surpreendidos quando o vidro da cabine se estilhaçou, cobrindo o painel com fragmentos. Imagens compartilhadas por tripulantes mostram marcas de queimadura no ponto de impacto, o que aumenta o mistério sobre a origem do objeto.
A tripulação realizou um pouso de emergência em Salt Lake City (Utah), onde o piloto ferido foi atendido e substituído. Nenhum passageiro ficou ferido.
Mistério sobre o impacto: detrito espacial ou falha elétrica?
Nas redes sociais, internautas e entusiastas da aviação especularam que o impacto pode ter sido causado por detritos espaciais ou até mesmo por um pequeno meteoro que teria atingido o avião em pleno voo. Se confirmada essa hipótese, o caso seria o primeiro registro oficial de um objeto espacial colidindo com uma aeronave comercial.
A Administração Federal de Aviação (FAA) lembra, no entanto, que a probabilidade de algo assim acontecer é de um em um trilhão, segundo um relatório publicado em 2023. Mesmo assim, a agência norte-americana abriu investigação para apurar as causas exatas do incidente.
Especialistas também consideram a possibilidade de um defeito elétrico ter provocado o rompimento do vidro, mas ressaltam que as marcas de queimadura e o padrão dos estilhaços indicam que o avião “provavelmente foi atingido por algo externo”.

Impacto em altitude incomum desafia explicações
Casos de colisão com pássaros, granizo ou detritos são conhecidos na aviação, mas costumam ocorrer em altitudes muito mais baixas, geralmente durante decolagens ou pousos. No entanto, o Boeing 737 envolvido no episódio estava em altitude de cruzeiro, muito acima de qualquer zona de risco natural.

“Nenhum pássaro voa a essa altitude, o que torna esse incidente extremamente incomum”, afirmou um engenheiro aeronáutico ouvido pela imprensa local.
As investigações vão buscar determinar se o impacto teve origem atmosférica, espacial ou técnica. Até o momento, o caso permanece sem explicação oficial — e intriga tanto autoridades quanto especialistas em segurança de voo.