Polícia Investiga Desvio De R$ 6 Milhões Do Combate À Covid Em Goiás Polícia Investiga Desvio De R$ 6 Milhões Do Combate À Covid Em Goiás

Polícia investiga desvio de R$ 6 milhões do combate à Covid em Goiás

Operação cumpriu mandados em GO e SP. Suspeita é de desvios relacionados com Organização Social que administra hospitais voltados à Covid

A Polícia Civil de Goiás está investigando o desvio de recursos públicos voltados ao combate da pandemia de Covid-19 no estado ao longo do ano de 2020. A chamada Operação Parasitas, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16/9), apura justamente tais irregularidades. A suspeita é de desvios na ordem de, ao menos, R$ 6 milhões relacionados com a administração de hospitais voltados para o tratamento de pacientes com Covid-19.

As investigações revelaram indícios de esquema criminoso instalado na Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar – IBGH, que teria resultado no desvio de cerca de R$ 6 milhões destinados a compra de materiais e insumos hospitalares destinados principalmente ao combate da pandemia.

De acordo com a polícia, em manobra de direcionamento de contratos, empresas de fachada registradas em nomes de laranjas foram contratadas em regime de urgência para o fornecimento de materiais hospitalares, todavia, após o pagamento das despesas, foi detectado que parte do dinheiro teria retornado a pessoas intimamente ligadas aos gestores da Organização Social, em esquema de lavagem de dinheiro.

As investigações ainda revelaram indícios de emissão de notas fiscais falsas pelas empresas de fachada para justificar o recebimento de recursos públicos, assim como que em alguns casos os materiais contratados não teriam sido entregues, ou foram entregues em menores quantidades ou com qualidade reduzida.

Unidades de saúde sob suspeita

As irregularidades teriam ocorrido em contratos de gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – HMAP, dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), bem como de centros médicos voltados a tratamento de pacientes de Covid-19 localizados no Estado do Amapá.

Ressalta-se que apenas os hospitais de Goiás não são mais administrados pela Organização Social investigada, em virtude de revogação dos respectivos contratos de gestão.

Os investigados são de constituição de organização criminosa, falsidade ideológica, peculato e de lavagem de dinheiro. As investigações tramitam na 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Dinheiro de Goiânia.

Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, sendo 21 em Goiânia e dois no estado de São Paulo (em Ituverava e Buritizal). Foram sequestrados valores e bens no montante de R$ 6 milhões, que serão destinados à reparação de possíveis danos ao erário. A ação foi coordenada pela Delegacia Estadual de Combate à (DECCOR) e contou com a presença de 123 policiais.


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