Ré do 8 de janeiro pede prisão domiciliar após crise de saúde e sofrimento do filho de 8 anos

Defesa cita problemas psicológicos da ré e situação delicada do filho de 8 anos

A defesa de Ana Flávia de Souza Monteiro Rosa, condenada a 14 anos de pelos atos de de 2023, entrou com pedido de prisão domiciliar humanitária no Tribunal Federal (STF). O requerimento foi protocolado ontem e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Argumentos da defesa

Segundo a advogada, o pedido se justifica pelo agravamento do quadro de saúde de Ana Flávia e pela situação de vulnerabilidade do filho de 8 anos.

Presidiária desde abril de 2024, ela foi diagnosticada com ansiedade generalizada e passou a utilizar medicamentos antidepressivos. Um laudo psicológico anexado ao processo recomenda que, diante da persistência dos sintomas, “a medida adequada seria a substituição da pena em regime fechado por regime alternativo”.

Impactos na vida do filho

Além do estado de saúde da presa, a defesa anexou documentos do Conselho Tutelar da Estrutural (DF) que relatam o sofrimento do filho de Ana Flávia, hoje sob os cuidados da irmã da ré.

O órgão descreveu sinais de instabilidade emocional diretamente ligados à ausência da mãe:

  • perda de peso;
  • crises de choro frequentes;
  • surtos de gritos e agressividade.

A escola do menino também notificou comportamento disperso, desobediência e pequenos furtos de objetos de colegas, associando as dificuldades à falta de acompanhamento familiar.

Base legal do pedido

Na petição, a defesa sustenta que a prisão domiciliar é “juridicamente possível e constitucionalmente exigida”, citando o artigo 227 da Constituição e os artigos 4º e 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que asseguram o princípio do melhor interesse da criança.

O próprio Conselho Tutelar reforçou esse posicionamento:
“Este Conselho Tutelar compreende que o ideal seria viabilizar que a genitora pudesse cumprir sua pena em regime domiciliar, possibilitando a convivência com o filho e demais familiares.”

Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se Ana Flávia poderá deixar o regime fechado para cumprir a pena em casa.


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