Câmara aprova emenda que impede presos provisórios de votarem
Câmara aprova veto ao voto de presos provisórios e reforça medidas do PL Antifacção com penas mais duras.
Parlamentares reagem a falas consideradas preconceituosas; Lula ironiza: “Eu falava toda hora: ‘Come a maniçoba, pô’”
Uma sessão do Senado nesta terça-feira, 18, terminou com a aprovação de um voto de censura ao chanceler alemão Friedrich Merz. A decisão foi motivada por comentários feitos pelo líder europeu, já de volta à Alemanha, em que afirmou que ele e sua equipe ficaram felizes por deixar Belém, cidade que recebe a COP30. As falas, divulgadas no YouTube e publicadas no site oficial do governo alemão, foram classificadas por parlamentares brasileiros como “preconceituosas e xenófobas”.
A iniciativa partiu do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Ele recebeu apoio imediato de Randolfe Rodrigues (PT-AP) e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que também consideraram as declarações ofensivas à população paraense e à região amazônica.
Críticas ao conteúdo das declarações
Ao defender o voto de censura, Zequinha Marinho afirmou que Merz ultrapassou os limites da má formulação discursiva. Para o senador, o chanceler adotou uma postura “paternalista e superficial” ao se referir à cidade-sede da conferência climática.
Em sua justificativa, o parlamentar ressaltou: “Tais declarações são inaceitáveis, pois carregam conteúdo xenófobo e preconceituoso, desqualificando uma cidade brasileira que, além de sua importância histórica e cultural, é sede da maior conferência climática do planeta, justamente por estar localizada no coração da Amazônia, patrimônio ambiental mundial”.
O senador também condenou a expressão usada por Merz para se referir a Belém. “Ao reduzir Belém a ‘aquele lugar’, o chanceler alemão demonstra desconhecimento e desrespeito à realidade amazônica e aos povos que nela vivem, reforçando estereótipos que alimentam um paternalismo histórico dos países ricos, que insistem em ditar regras e prioridades para o Sul Global sem ouvir suas vozes.”
Lula rebate e sugere culinária e cultura paraenses
Durante a inauguração de uma ponte entre Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o episódio. Em tom irônico, ele afirmou que Merz teria tido outra impressão se tivesse aproveitado mais da vida local.
Lula comentou: “O primeiro-ministro da Alemanha esses dias se queixou: ‘Fui no Pará e voltei logo porque gosto mesmo é de Berlim’. Ele, na verdade, deveria ter ido em um boteco no Pará. Deveria ter dançado no Pará. Deveria ter provado a culinária do Pará. Ele ia perceber que Berlim não oferece a ele 10% da qualidade que oferece o Estado do Pará e a cidade de Belém. Eu falava toda hora: ‘Come a maniçoba, pô’”.
COP30 sob críticas de segurança e infraestrutura
As falas de Merz ocorreram em meio a uma série de reclamações sobre a infraestrutura da COP30. No último dia 11, manifestantes invadiram uma área restrita, levando a ONU a enviar uma carta cobrando providências imediatas. O documento expressou “preocupações urgentes” e exigiu um plano de ação para resolver “falhas graves de segurança e infraestrutura”.
Além disso, participantes denunciaram falta de água e temperaturas elevadas por causa de falhas no sistema de ar condicionado, o que intensificou os questionamentos sobre a preparação do evento.
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Segundo os comentários dessa COP 30, foi uma vergonha. O alemão com certeza estava louco para ir em bora mesmo. Que fiasco para o nosso Brasil.
O chanceler alemão foi muito educado. Deveria ter mandado a real: a cop30 é uma bagunça.
O chanceler alemão foi muito educado. Deveria ter mandado a real: a cop30 é uma zona.