Edição Da Superinteressante De Fevereiro De 2001 Foi Excluída Do Acervo Edição Da Superinteressante De Fevereiro De 2001 Foi Excluída Do Acervo

Superinteressante tira do acervo edição que questionava vacinas

Edição da publicação trazia em sua capa o texto: “Vacinas, a cura ou a doença?”

Ao tentar buscar o acervo da revista Superinteressante, da Editora Abril, no site que reúne todas as capas publicadas ao longo dos últimos 34 anos de existência da revista, você certamente achará estranho o fato de não encontrar a edição de número 101, lançada em fevereiro de 2001. O motivo em questão tem bastante a ver com o contexto atual: dúvidas sobre a eficácia das vacinas.

A capa “escondida” da Superinteressante tinha um bebê vendado recebendo uma vacina em gotas. Com letras garrafais, o título era: “Vacinas: a cura ou a doença?”. Já no subtítulo, o texto era: “A vacinação, ferramenta básica de saúde pública, enfrenta no mundo inteiro uma onda crescente de críticas e desconfianças. A questão: será que as vacinas fazem mais mal do que bem?”.

Questionado pelo colunista Mauricio Stycer, do UOL, sobre a exclusão da edição, o atual diretor de redação da revista, Alexandre Versignassi, disse que a respeito dos fatos levantados na matéria dos imunizantes: “Nada se provou”. Por este motivo, segundo Alexandre, numa conversa com a administração da Abril, o jornalista achou prudente excluir provisoriamente a edição do acervo.

– Não é apagar a história. É uma questão de saúde pública. A gente tirou e, num segundo momento, vamos colocar de volta – alegou.

Edição de fevereiro de 2001 não consta no acervo da Superinteressante Foto: Reprodução/Site Superinteressante

Essa, porém, não foi a única capa retirada do acervo da publicação da Abril. A edição de número 159, publicada em dezembro de 2000, apenas dois meses antes do questionamento sobre vacinas, perguntava: “Aids: o HIV é inocente?”. A reportagem, por sua vez, trazia uma entrevista com o biólogo e químico Peter Duesberg, que defendia a tese de que a Aids não era causada pelo vírus HIV.

Exatamente 13 anos depois, em dezembro de 2013, a revista buscou desmentir a própria publicação em sua versão online, com a inclusão de um “esclarecimento” antes do início da entrevista, alertando o leitor de que “as teses de Duesberg caíram em descrédito e hoje temos muita clareza de que não deveríamos ter dado espaço a elas”.


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