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Trump autoriza CIA a conduzir operações que podem levar à queda de Maduro

Documento permitiria medidas “agressivas” que podem levar à derrubada do regime venezuelano

O presidente dos Estados Unidos, Donald , teria autorizado a CIA (Agência Central de Inteligência) a conduzir operações secretas contra o regime de Nicolás Maduro, na . A informação foi publicada pelo jornal norte-americano The Washington Post, que cita fontes com acesso a um documento confidencial do governo.

Segundo a reportagem, a autorização faz parte de uma nova escalada de ações militares e de inteligência na região do Caribe e ao longo da costa venezuelana. O objetivo oficial, de acordo com o texto, seria “combater o tráfico de drogas e o financiamento de grupos criminosos internacionais”, mas fontes internas afirmam que o plano pode abrir caminho para a derrubada de Maduro.

“O texto não menciona explicitamente a destituição do governo venezuelano, mas permite uma série de medidas que podem levar a esse resultado”, diz o jornal.

Ainda segundo o Washington Post, Trump teria pedido “ações agressivas contra o governo de Caracas”, enquanto o Pentágono reforça o envio de tropas e embarcações à região.


Escalada militar e “guerra psicológica”

A reportagem afirma que a nova fase da ofensiva norte-americana sobre a Venezuela ocorre em meio a uma intensificação das operações marítimas conduzidas por Washington desde o início do ano.

Nas últimas semanas, sete embarcações foram destruídas por forças dos EUA em ataques aéreos e navais. Segundo o Departamento de Defesa americano, as ações seriam parte da “Operação Sentinela do Caribe”, voltada ao combate de redes de narcotráfico que atuam na América Latina.

O governo venezuelano, porém, acusa Washington de usar o combate às drogas como pretexto para desestabilizar politicamente o país. Caracas classificou a movimentação militar norte-americana como “ato de provocação e ameaça à soberania nacional”.

Fontes diplomáticas consultadas pelo Washington Post afirmaram que Trump teria solicitado o planejamento de possíveis ataques terrestres, caso a pressão marítima não surta efeito.

“As primeiras ações devem mirar acampamentos e pistas clandestinas, sem atingir diretamente o governo Maduro, mas com o objetivo de desorganizar as forças armadas venezuelanas e enfraquecer o moral do regime”, relatou uma das fontes.


Clima de tensão e impacto regional

A ofensiva americana eleva a tensão nas relações entre Washington e Caracas, que já vinham se deteriorando desde 2019, quando os EUA reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Desde então, o governo Trump impôs econômicas severas, congelou ativos venezuelanos e autorizou ações de inteligência em cooperação com países vizinhos, como e Brasil.

Diplomatas latino-americanos alertam que uma operação terrestre americana na Venezuela poderia desencadear uma crise humanitária e empurrar milhares de refugiados para países da região.

“Qualquer incursão militar dos EUA em território venezuelano teria consequências imprevisíveis, tanto políticas quanto humanitárias”, disse um ex-funcionário da ONU ouvido pelo jornal.


Washington “bate os tambores da guerra”

De acordo com o Washington Post, a Casa Branca estaria “batendo os tambores” na expectativa de um desfecho que enfraqueça definitivamente o regime chavista.

A reportagem lembra que, historicamente, os Estados Unidos já recorreram a ações clandestinas da CIA para interferir em governos latino-americanos, como no Chile (1973) e na Nicarágua (década de 1980).

Embora a administração Trump mantenha o discurso de combate ao narcotráfico, analistas de segurança afirmam que a ofensiva atual tem caráter político, voltado a reforçar o protagonismo dos EUA na região e a limitar a influência da Rússia, China e sobre o governo de Maduro.


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