TSE Quer Zerar Receita De Canais De Conteúdo Político Na Internet TSE Quer Zerar Receita De Canais De Conteúdo Político Na Internet

TSE quer zerar receita de canais de conteúdo político na internet

Medida surge no âmbito de inquérito contra Jair Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda publicar uma resolução que obrigará as plataformas de redes sociais a proibir a geração de receita por páginas e canais com conteúdo considerado “político” e “extremista” durante as eleições.

A reação do TSE surge no âmbito do inquérito administrativo aberto a partir da live de 29 de julho, em que o presidente Jair Bolsonaro questionou a segurança das urnas eletrônicas. A medida pode impactar significativamente a renda de veículos divulgadores de Bolsonaro.

Em uma apuração paralela, a dos chamados “atos antidemocráticos”, a Procuradoria-Geral da República apontou arrecadação de 1,1 milhão de dólares (cerca de R$ 5,8 milhões, no câmbio atual), em apenas 12 canais do YouTube que apoiam o presidente.

O TSE planeja publicar as novas regras nos próximos meses. Membros da Corte devem receber representantes do Facebook, YouTube, Twitter, Instagram e Twitch para uma reunião nesta quinta-feira (19), e o tema deverá ser abordado.

A resolução que vem sendo preparada poderá ampliar os efeitos da decisão do corregedor-geral da Corte, Luís Felipe Salomão, que determinou a suspensão da “monetização” – o pagamento que as plataformas fazem aos perfis pelo conteúdo publicado e por propagandas que exibem.

A decisão, de segunda-feira (16), do corregedor não é definitiva. No despacho, ele determinou que os recursos que vierem a ser obtidos pelos investigados fiquem depositados em uma conta vinculada ao tribunal.

O corregedor argumentou que “quanto mais se atacam as instituições e o sistema eleitoral, mais proveito econômico os envolvidos obtêm”.

Os ministros entendem que a receita desses canais pode ser classificada como “financiamento privado de campanha eleitoral”, o que seria proibido. Também há desconfiança de que existam doações não declaradas feitas aos canais.

A decisão pode afetar veículos que já têm sido censurados, como o Terça-Livre e as páginas do jornalista Oswaldo Eustáquio.

As informações são da AE


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