Williams Nogueira Estaria Participando De Atividades Em Um Terreiro Em Simões Filho Williams Nogueira Estaria Participando De Atividades Em Um Terreiro Em Simões Filho

Violência extrema: jovem é esquartejado após cruzar território de facção na Bahia

Movimento Negro Unificado afirma que Williams foi sequestrado e submetido a violência extrema antes de ser morto

Um crime chocou moradores de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, na segunda-feira, 17. O corpo de Williams Nogueira dos Santos Silva, 28 anos, militante do Movimento Negro Unificado (MNU), foi encontrado no bairro Aratu. A morte rapidamente repercutiu nas redes sociais e mobilizou movimentos sociais.

O MNU divulgou uma nota pública lamentando o ocorrido e cobrando rapidez na apuração. A entidade também relatou as circunstâncias denunciadas pela comunidade sobre o que teria acontecido com o jovem: segundo o movimento, Williams foi “sequestrado, torturado, obrigado a fazer sinal de facção, e posteriormente esquartejado”. O termo foi mantido pelo grupo, embora não haja confirmação oficial.

Comunidade aponta motivação ligada a facções

Williams vivia no de Amaralina, uma das maiores regiões periféricas da capital baiana. Moradores acreditam que ele tenha sido morto por ter entrado em uma área dominada por um grupo criminoso rival ao que atua em seu bairro. Ele estava em Simões Filho para cumprir um compromisso religioso em um terreiro que frequentava.

A página Nordeste Sou, administrada por moradores da comunidade, publicou uma homenagem destacando a trajetória do jovem:
Familiares, amigos e moradores ainda tentam compreender como uma vida dedicada à arte e à comunicação pôde ser interrompida de maneira tão brutal. Em 2010, ao lado do primo, Willian fundou a Web Rádio SSA, um projeto que marcou sua trajetória e seu amor pela cultura e pela comunidade”, diz o texto.

Polícia mantém investigação sob sigilo

A Polícia Civil informou que já possui indícios sobre a autoria do crime, mas, por enquanto, não confirma a hipótese levantada por moradores. Segundo nota enviada pela corporação, “as investigações seguem em sigilo e mais detalhes não poderão ser divulgados no momento”.

Jovem trabalhava para empresa terceirizada da Setur-BA

A Secretaria de Turismo da (Setur-BA) confirmou que Williams prestava serviços à pasta por meio da empresa terceirizada Braspe. A secretaria decidiu não emitir nota pública, alegando que a morte não ocorreu no exercício de suas funções.


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