Ministro Alexandre De Moraes Determinou Suspensão Do Telegram Foto Pixabay Ministro Alexandre De Moraes Determinou Suspensão Do Telegram Foto Pixabay

AGU entra com medida no STF contra suspensão do Telegram

Advocacia-Geral da União argumenta que descumprimento de ordem judicial não pode resultar em suspensão da plataforma

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear o aplicativo Telegram no território brasileiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma medida cautelar na Suprema Corte para tentar suspender os efeitos da decisão. O pedido foi feito no fim da noite de sexta-feira (18).

Protocolada no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5527, que tem como relatora a ministra Rosa Weber, a cautelar proposta pela AGU pede que a Suprema Corte proíba a suspensão e proibição do funcionamento de redes sociais nos casos em que houver descumprimento de medidas judiciais, como foi na situação do Telegram.

De acordo com o advogado-geral da União, Bruno Bianco, que assina a ação, o descumprimento de uma ordem judicial, principal motivo apontado na decisão de Moraes de suspender o funcionamento do Telegram, não deveria causar sanções contra aplicativos de qualquer natureza.

– Sanções podem ser aplicadas a provedores de conexão ou aplicações de internet (como o Telegram e o Whatsapp) se eles não respeitarem o sigilo das comunicações, se fizerem uso indevido dos dados pessoais, mas não (pelo menos com fundamento no Marco Civil da Internet) por descumprirem uma ordem judicial – destaca a AGU.

Em seu pedido, a Advocacia-Geral da União ainda destaca que todos os usuários do aplicativo não podem ser penalizados por conta de um procedimento do qual não fizeram parte. Para a AGU, a decisão de Moraes “para alcançar poucos investigados, prejudica todos os milhões de usuários do serviço de mensagens”.

– Pensar diferente, a um só tempo, ofenderia o devido processo legal, com antijurídica repercussão do comando judicial em face de terceiros, além de ofender, ao mesmo tempo, o princípio da individualização da pena – defende a Advocacia-Geral da União.

BOLSONARO CRITICA DECISÃO

Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão, que chamou de “inadmissível”. De acordo com o chefe do Executivo, a medida poderia até causar a morte de pessoas que ficariam sem contato com hospitais e médicos por conta da suspensão da plataforma.

– A decisão de um ministro de simplesmente banir do Brasil o aplicativo Telegram. Deixo claro que 70 milhões de pessoas usam o Telegram no Brasil para fazer negócios, se comunicar com a família, para lazer e uma parte considerável para fazer um contato entre hospital-paciente e paciente-médico – disse o presidente.


  1. A justiça perdeu seu significado nas mãos desses aí.
    Prejudicar milhões em favor de poucos ou para afetar uns específicos, é o que vemos, uma corte muito seletiva, quando deveria ser cega, com objetivos específicos, quando deveriam apenas aplicar a lei.
    Enquanto se absolve por falta de provas, podendo beneficiar um culpado, na prevenção de nunca condenar um inocente, essa atitude é a marca vegonhosa de que o que deveria ser a nossa suprema corte é repleta de gente inconsequênte e incapaz de visão de todo e benefício da coletividade, ainda se exnergam como os eleitos, quando nenhum voto lhes foi dado para nada.
    São como crianças mimada que fogem com a bola das outras crianças por não saberem jogar e ficarem de fora dos times, e assim querem destruir a brincadeiras de todos.

  2. Todos os argumentos da AGU, o pronunciamento do Presidente da República e mais sem Telegram as Defesas Civis ficam sem meio de comunicação com seus grupos para prevenir catástrofes.

  3. Decisão estapafúrdia que fere a Constituição como tantas outras praticadas por membros dessa corte. Despreparo e orgulho ferido prejudicando milhões de pessoas por uma medida ilegal.

  4. É realmente difícil entender uma só pessoa poder tomar uma decisão dessa,tornando a vida de milhões de brasileiros prejudicados, que país é esse?triste acreditar.

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