O ex-Presidente Da Argentina, Alberto Fernández O ex-Presidente Da Argentina, Alberto Fernández

Argentina sobe juros para 78% ao ano; Inflação já supera 100%

Para combater a maior inflação em 30 anos, o Banco Central da Argentina aumentou hoje (16/3) os juros em 3% e a taxa já chega a 78% ao ano

O da Argentina anunciou nesta quinta-feira (16 de março) um novo aumento nas taxas de juros praticadas no país. A taxa argentina, batizada de Leliq, subiu para 78% ao ano. É o nível mais alto desde 2019, último ano do reinado de Mauricio Macris.

Desde que Alberto Fernández e sua vice-presidente Cristina Kirchner assumiram a Casa Rosada em 2020, o governo vem tentando pressionar por uma redução forçada nas taxas de juros. As taxas, que estavam acima de 80% no final de 2019, caíram abaixo de 40% no ano passado.

No entanto, um aumento da obrigou Fernández a mudar de rumo. O presidente kirchnerista tenta manter as taxas de juros em 75% desde setembro de 2022, mas o aumento da inflação, apesar das taxas de juros muito altas, levou o banco central da Argentina a continuar o aperto monetário.

Inflação é a maior desde 1991

Embora a hiperinflação seja um mal histórico na Argentina, nunca uma geração inteira conviveu com reajustes de preços tão elevados como agora. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (INDEC), a inflação aumentou 102% entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2023.

Foi o maior índice inflacionário desde setembro de 1991. Somente no mês passado, o reajuste de preços foi de 6%. Para se ter ideia, a inflação brasileira acumulada ao longo de todo 2022 foi de pouco mais de 5%, e já foi suficiente para os consumidores sentirem o baque no bolso.

No país vizinho, os índices de preços estão sendo pressionados pelos alimentos. A carne bovina, um item tradicionalmente consumido pelas famílias, subiu 10% só no mês passado. Com isso, a população argentina tem feito mudanças nos hábitos de consumo, para sobreviver ao choque de preços atual.

Segundo dados do Indec, a pobreza afeta cerca de 40% da população argentina e mais de um quarto das famílias vive abaixo da linha da pobreza.


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