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Bizarro: Maduro arma militantes com flechas envenenadas para atacar EUA

Chavismo mobiliza milhões e adota discurso de resistência frente ao que chama de “ameaça externa extrema”

O governo de voltou a elevar o tom contra os Estados Unidos ao anunciar treinamentos envolvendo arco e flecha para militantes do regime. A ideia, apresentada como estratégia de defesa, foi reforçada pelo ministro do Interior e da e secretário-geral do PSUV, Diosdado Cabello, que pediu vigilância permanente e mobilização total diante do que classificou como risco extremo vindo de Washington.

Durante seu programa semanal, nesta segunda-feira, 17, Cabello afirmou que a ordem é resistir. Ele combinou apelo político com incentivo ao preparo físico. “Não vamos parar de nos divertir, nem vamos parar de nos preparar para nos defender”, declarou, sem mencionar diretamente o presidente ou a presença de forças norte-americanas no Caribe.

Uso de curare como arma

Entre as orientações, Cabello delegou às milícias indígenas a responsabilidade de treinar apoiadores no uso de flechas com curare, substância paralisante bastante conhecida na região amazônica. Em um congresso no início do mês, ele já havia apresentado o plano, afirmando que os EUA “vão descobrir o que é o curare”, segundo apuração do portal G1.

O dirigente disse que mais de 4,5 milhões de militantes com mais de 15 anos integram os Comitês Bolivarianos Integrais de Base, responsáveis por coordenar ações políticas e defensivas do chavismo. “Em meio ao cerco e às ameaças, o povo não se intimida, acata”, declarou. Para Cabello, setores internacionais pedem diálogo “apenas para se ouvir”, ignorando as demandas populares venezuelanas.

Tentativa de aproximação e novas tensões

A escalada verbal ocorre justamente depois de o presidente dos EUA demonstrar abertura para um possível diálogo com Maduro no último fim de semana. Paralelamente, o Departamento de Estado do classificou o Cartel de Los Soles, grupo associado ao ditador venezuelano, como organização terrorista.

A resposta de Maduro foi imediata: ele decretou vigília permanente de militantes em seis regiões do leste do país, descrevendo a ação como uma “fusão popular-militar-policial”. Em seguida, participou de cerimônias de hasteamento de bandeiras e, em tom inesperado, defendeu a paz e chegou a cantar trechos de Imagine, de John Lennon, em inglês.

Pressões internas e externas

Enquanto isso, setores da oposição venezuelana e parte do governo dos EUA seguem sugerindo medidas mais duras contra o regime, incluindo ataques a instalações estratégicas e até uma troca de governo. Uma intervenção terrestre norte-americana é considerada improvável, mas volta a ser mencionada, contrariando os discursos habituais de .

Propaganda reforça figura de Maduro

O chavismo também explora a narrativa de perigo externo para manter sua base mobilizada. Em meio à retomada desse discurso, ressurgiu o personagem “Super Bigode”, figura inspirada em Maduro e que reapareceu em materiais de propaganda recentes, exaltando o governante como herói contra adversários internos e estrangeiros.


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