Bolsonaro Ao Lado Do Ministro Paulo Guedes Foto PR Clauber Cleber Caetano Bolsonaro Ao Lado Do Ministro Paulo Guedes Foto PR Clauber Cleber Caetano

Bolsonaro cancela agenda para debater preço dos combustíveis

Presidente se encontrará com ministros Paulo Guedes, Bento Albuquerque e Ciro Nogueira

Em meio às discussões dentro do governo sobre qual a fórmula a ser adotada para evitar o repasse do salto do petróleo no mercado internacional às bombas de combustíveis no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar sua agenda desta quarta-feira (9) em Duque de Caxias (RJ) para ficar em Brasília e convocou reunião para as 11h no Palácio do Planalto com pesos-pesados da Esplanada.

De acordo com a agenda oficial do presidente, divulgada no final da noite de terça-feira (8), estarão na reunião os ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ciro Nogueira (Casa Civil). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também deve participar, informa o governo, mas o compromisso ainda não consta da agenda do chefe da autoridade monetária.

O cancelamento de agenda em Duque de Caxias foi confirmado pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo, mas ainda não havia sido oficializado pelo Planalto até o fim da noite de terça. Bolsonaro iria ao município fluminense realizar entrega de aparelhos auditivos.

Inesperada nos bastidores do Executivo, a mudança repentina de planos ocorre após Guedes, Ciro e Bento não chegarem a consenso em reunião desta terça sobre qual é a melhor forma de evitar um reajuste acentuado nos preços dos combustíveis. Enquanto a ala política segue em defesa de um subsídio temporário, a Economia prefere mudanças estruturais na tributação, como rever a cobrança de ICMS por estados.

Fiel da balança em casos de divergências na Esplanada, Bolsonaro não participou da agenda desta terça com os ministros, apesar de a questão dos combustíveis ser considerada um grande problema para o governo. No mesmo horário, o presidente estava reunido com lideranças evangélicas no Palácio da Alvorada.

Até o momento, todas as opções seguem sobre a mesa, de acordo com técnicos e ministros que participaram das tratativas ocorridas mais cedo. O petróleo está em escalada no exterior por conta da guerra na Ucrânia e das sanções econômicas aplicadas à Rússia.

Nesta semana, Bolsonaro reiterou críticas à política de preços da Petrobras, que firma paridade entre reajustes do petróleo no mercado internacional e alterações de preço nos combustíveis no país.


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