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09/12/2023

Calote do PCC em aluguel frustrou plano para sequestrar Sergio Moro

Após atraso em pagamentos, imobiliária de Curitiba descobriu o uso de documentos falsos e acionou a polícia; criminosos conseguiram fugir

A nove dias do segundo turno das eleições do ano passado, um erro simples impediu a realização de um dos planos mais ousados do Primeiro Comando da Capital (PCC): o sequestro do senador Sergio Moro (União-PR) e de seus familiares em Curitiba.

Segundo um relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP), por aproximadamente quatro meses, um grupo pertencente a uma organização criminosa esteve presente em Curitiba, com o objetivo de facilitar a ocorrência de atividades ilegais.

O plano criminoso foi prejudicado devido ao atraso no pagamento dos aluguéis de um apartamento, uma casa e uma chácara, os quais foram obtidos por meio de documentos falsos utilizados pelo grupo.

Segundo as apurações do Ministério Público de São Paulo, já era notável que os pagamentos vinham sendo efetuados em espécie. Após o atraso, a empresa imobiliária encarregada do aluguel dos três imóveis em Curitiba se organizou e optou por buscar o indivíduo cujo nome estava sendo utilizado pelos criminosos.

“A verdadeira pessoa nunca havia firmado o respectivo contrato de locação”, diz trecho do documento da Promotoria.

Os representantes da imobiliária entraram em contato com o indivíduo que havia utilizado o documento falso e o informaram de que a fraude havia sido descoberta. Além disso, eles também mencionaram que estavam a caminho do local acompanhados pela polícia para exigir o pagamento dos aluguéis devidos.

Diante da iminente possibilidade de serem presos, de acordo com o Ministério Público de São Paulo, os criminosos fugiram.

De acordo com a investigação, os suspeitos dirigiram-se à chácara alugada após saírem do apartamento no Jardim Botânico e da casa no Bairro Jardim das Américas, onde eles apagaram as imagens capturadas pelas câmeras de vigilância.

Nefo, também conhecido como Janeferson Aparecido Mariano Gomes, supostamente lidera a célula do PCC que é responsável por planejar ataques contra autoridades. Ele estaria colaborando com Cintia Aparecida Pinheiros Melesqui na busca de imóveis para alugar em Curitiba. As informações são do Metrópoles.