Eleições na Argentina: candidato da esquerda teve 71% dos votos de presidiários

Nas cadeias, Sergio Massa-Agustín Rossi venceu em quase todos os distritos do país

A Pátria, partido esquerdista liderado por Sergio Massa, obteve a maioria dos votos nas prisões, com uma porcentagem de 71%. No primeiro turno das eleições, o candidato peronista foi o favorito de 25.526 detentos, o que corresponde a 36,71% do total de eleitores registrados.

O deputado Javier Milei, membro do partido A Liberdade Avança e defensor das ideias liberais, obteve 15,49% dos votos dos presos do país. Patricia Bullrich, candidata da chapa Juntos pela Mudança, conquistou o terceiro lugar, com 5,23% dos votos.

Segundo a Câmara Eleitoral Nacional, o resultado atual é idêntico ao registrado em 13 de agosto nas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso), que funcionam como uma simulação das eleições gerais.

Massa foi o vencedor em todos os distritos do país, à exceção de dois, nos quais Schiaretti, governador da província de Córdoba, ficou em primeiro lugar, e Milei ganhou o posto em San Luis.

Somente em 2007, foi concedido o direito de voto aos detentos na Argentina, desde que tenham passado por um julgamento criminal. A responsabilidade de administrar a votação desse grupo é da Câmara Eleitoral, que também realiza a contagem dos votos através do “Cadastro de Eleitores Privados de Liberdade”.

A vantagem de Massa

Faltando menos de três semanas para o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, agendado para o dia 19 de novembro, uma pesquisa recente revelou que Sergio Massa, do partido peronista, tem uma vantagem sobre Javier Milei. Os resultados foram divulgados pelo jornal Clarín nesta terça-feira, 31.

De acordo com a pesquisa, Massa estaria à frente de Milei com uma diferença de 11,4 pontos nas intenções de voto, com uma porcentagem de 44,6% contra 33,2%.

Cerca de 8% dos participantes da pesquisa ainda não decidiram em quem votar, enquanto que 5,9% optarão por votar em branco ou anular o voto. Pelo menos 7% afirmaram que não têm intenção de votar nas eleições. As informações são da Revista Oeste.