Ônibus Da UPBus Foto Divulgação Ônibus Da UPBus Foto Divulgação

Empresa de ônibus ligada ao PCC tem acerto com prefeitura de SP

A empresa foi alvo de operação do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos

Três integrantes da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam entre os acionistas da UPBus, empresa de ônibus controlada pela facção que detém contrato de R$ 600 milhões por ano com a prefeitura de São Paulo.

A empresa foi alvo de operação do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) na quinta-feira (2).

Os policiais do departamento descobriram que a empresa de transporte coletivo havia sido comprada pelo traficante de drogas Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta. Ele tinha como sócios Silvio Luiz Ferreira, o Cebola; Cláudio Marcos de Almeida, o Django; e Décio Gouveia Luis, o Português, todos acusados de compor a cúpula da facção.

Além deles, outros dois integrantes do PCC foram identificados como sócios da UPBus: Alexandre Salles Brito, o Xandi, e Anísio Amaral da Silva, o Biu. De acordo com o delegado Fernando Santiago, da 4ª Delegacia do Denarc, outras 18 pessoas relacionadas aos seis, a maioria de familiares dos acusados, constam como sócias.

A investigação do Denarc começou depois do assassinato de Santa Fausta, em dezembro. Além de ser um dos maiores fornecedores de drogas e armas para facção, Cara Preta teria financiado grandes assaltos, como o roubo de 770 quilos de ouro no aeroporto de Guarulhos, em 2019.

Teria sido dele a ideia de lavar o dinheiro do tráfico na empresa de ônibus. Os bandidos também usavam loterias do governo para esquentar o dinheiro do tráfico e compravam armas de parentes que conseguiram se registrar como colecionadores.


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