Senadores Simone Tebet E Renan Calheiros São Do Mesmo Partido Foto Moreira MarizAgência Senado Senadores Simone Tebet E Renan Calheiros São Do Mesmo Partido Foto Moreira MarizAgência Senado

Fachin rejeita investida de Calheiros contra Simone Tebet

Ala lulista do MDB tentou adiar convenção de oficialização da candidatura da senadora

Nesta terça-feira (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin negou o pedido de um integrante da ala pró- do MDB para adiar a convenção nacional do partido, quando deve ser homologada a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República.

A convenção está marcada para esta quarta (27) de forma virtual, modelo que, segundo a ala informou na ação, se reveste de “grave irregularidade”, pois não garante o sigilo do voto e também “não é capaz de assegurar esse nível primordial de segurança”. A ação foi protocolada na Corte eleitoral por Hugo Vanderlei Caju, delegado do MDB de Alagoas.

Para Fachin, não ficou demonstrada nenhuma ilegalidade no ato de convocação.

– Inicialmente, cumpre anotar que o ato convocatório não se revela, neste juízo perfunctório, eivado de nulidade porque contempla regra expressa que assegura o sigilo dos votos, por meio de sistema a ser utilizado para a realização da reunião – escreveu na decisão.

De acordo com o ministro do TSE, “há regra expressa no edital de convocação asseverando que será garantido o sigilo do voto; a parte requerente não fez, a essa altura, demonstração suficiente em sentido contrário. Não há prova minimamente robusta de que a garantia prevista no edital não será cumprida”.

Fachin elucidou em sua decisão que a rejeição ocorreu com base exclusivamente nos documentos apresentados pelo autor da ação. Ou seja, “nada impede que, caso constatada a efetiva violação do sigilo do voto durante a Convenção Partidária Ordinária do MDB, a ser realizada em 27.07.2022, a questão possa ser novamente visitada, contudo, diante de novo contexto fático e probatório”.

A iniciativa, que é encabeçada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), não conta com apoio majoritário do grupo de emedebistas que apoiam Lula, nem do ex-presidente Michel Temer, que se reuniu com a ala lulista da sigla e chegou a defender o adiamento da convenção.

CONTRA-ATAQUE DA CÚPULA DO MDB

Quando a investida do grupo de Calheiros ainda era somente uma “ameaça”, a cúpula emedebista já havia escolhido como contra-ataque o discurso de que o ex-presidente Lula (PT) estaria cometendo um “feminicídio” político, ao atuar junto a grupos do MDB para boicotar a candidatura de Tebet à Presidência da República.

– Se eles judicializarem, vamos dizer que o Lula está cometendo uma tentativa de feminicídio, ao querer matar a candidatura da única mulher candidata a presidente – afirmou um influente dirigente emedebista ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.


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