Cartazes Dos Líderes Da Disputa Presidencial Na França Marine Le Pen E Emmanuel Macron Foto EFE Rafael Cañas Cartazes Dos Líderes Da Disputa Presidencial Na França Marine Le Pen E Emmanuel Macron Foto EFE Rafael Cañas

França vai às urnas neste domingo em eleição Presidencial

Macron tenta conter ascensão da canditata conservadora Marine Le Pen

Doze candidatos disputam neste domingo (10) o primeiro turno da eleição presidencial francesa. As pesquisas apontam uma disputa acirrada entre o presidente, (República em Marcha), e a candidata de direita Marine Le Pen (Reunião Nacional), que protagonizou um crescimento impressionante na reta final de campanha.

Após uma queda de quase 5 pontos porcentuais, Macron tem 26,5% das intenções de voto. Le Pen, 23%, segundo pesquisa Ipsos. Em terceiro lugar aparece o representante da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon ( Insubmissa), com 16,5%.

Se as urnas confirmarem as pesquisas, será uma eleição histórica para a extrema direita, que pode conquistar mais de um terço dos franceses e chegar ao segundo turno mais forte do que nunca. Os outros candidatos da extrema direita, Éric Zemmour e Nicolas Dupont-Aignan, têm 11,5% das intenções de voto.

APATIA

A eleição vem sendo acompanhada com uma apatia incomum na França, onde política se discute a toda hora. A campanha teve menos comícios, em razão da pandemia. Além disso, a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro, capturou a atenção geral.

– É uma campanha que não vingou entre os eleitores. A falta de debates, as notícias sobre a guerra da Ucrânia. Isso tudo anestesiou o público e reduziu as questões da política interna – afirma o cientista político Thomas Vitiello, da Sciences Po, de Paris.

Como resultado, pesquisas apontam que a abstenção no primeiro turno pode ser recorde: 31% dos franceses não têm certeza se sairão de casa para votar. Em 2017, o número foi de 22,2%.

MODERAÇÃO

O fracasso da união de partidos da esquerda (Socialista, Comunista, Ecologista e França Insubmissa) e o desempenho fraco da direita tradicional, de Valérie Pécresse (Os Republicanos), antecipou a sensação de que o duelo do segundo turno, marcado para o dia 24, será uma revanche de 2017, entre Macron e Le Pen.

Durante a campanha, Zemmour usou discurso supremacista, mobilizando a questão identitária em um grupo mais radical da população com frequentes citações à teoria conspiratória da “grande substituição” de Renaud Camus, segundo a qual os árabes tomarão a Europa.

Com isso, Le Pen tornou-se uma candidata viável, como explica Sylvie Strudel, professora da Universidade Panthéon-Assas, em Paris.

– Graças a Zemmour, Le Pen dá a impressão de ser menos extrema.

Mesmo sem ter alterado seu programa nacionalista e conservador, Le Pen ganhou pontos ao concentrar sua campanha em temas econômicos e propostas para ampliar o poder de compra do francês, tema que mais preocupa o eleitorado.

“Ela está menos radical – afirma a enfermeira Madeleine, eleitora de Le Pen, que votou na esquerda até 2017.

– Ela é a única que pode derrotar Macron e eu não aguento mais. A situação dos hospitais públicos só piora. Os franceses já sofreram demais – completou.


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  1. Macron é um “TIRANETE”! Só defende os interesses dos Globalistas. Flerta com a Esquerda e sua Ideologia Profana. Que Deus liberte o povo francês. 🙏

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