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Gastos com viagens internacionais de militares chegam a R$ 39 milhões em 2025

Deslocamentos no exterior envolveram cursos, competições esportivas e compromissos institucionais

Um levantamento divulgado pela aponta que militares das brasileiras gastaram R$ 39 milhões com internacionais ao longo de 2025. As despesas englobam deslocamentos para estudos, eventos esportivos e agendas institucionais em diversos países, com maior concentração no segundo semestre, especialmente no mês de outubro.

Oficiais superiores concentram maior parte dos gastos

De acordo com os dados, a maior fatia dos recursos foi consumida por oficiais superiores, responsáveis por R$ 17,4 milhões do total. Já os generais responderam por R$ 3,7 milhões em despesas com viagens ao exterior.

Os valores incluem passagens aéreas, diárias e outros custos relacionados às missões fora do país.

Cursos e atividades acadêmicas elevam despesas

Entre os principais deslocamentos registrados em outubro, 33 oficiais participaram de um curso de alta administração do Exército, realizado em Nova Délhi, na Índia. A missão teve custo total de R$ 1,25 milhão, sendo R$ 630 mil apenas em diárias.

No mesmo mês, 30 oficiais viajaram para Bogotá, na Colômbia, para uma atividade acadêmica vinculada ao Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. O gasto somou R$ 346 mil, dos quais R$ 228 mil corresponderam às passagens aéreas.

Também em outubro, 13 militares estiveram em Marselha, na França, para uma reunião de gestão de programa, com despesa aproximada de R$ 300 mil.

Competições esportivas e agendas externas dos militares

Os gastos também incluíram a participação em eventos esportivos militares internacionais. Um grupo de 15 militares viajou para Doha, no Catar, para disputar o Campeonato Mundial Militar de Paraquedismo, em uma missão que custou R$ 160,6 mil.

Outro deslocamento esportivo levou sete militares a Wuhan, na China, para o Mundial Militar de Pentatlo Naval, com despesas que chegaram a R$ 108 mil.

Cúpula das Forças Armadas mantém agendas próprias

O levantamento mostra ainda que os comandantes das três Forças cumpriram agendas internacionais ao longo do ano. O comandante da Marinha realizou viagens oficiais ao Reino Unido, aos e aos Estados Unidos, com custo total informado de R$ 161 mil, sem detalhamento público dos objetivos específicos de cada missão.

Já o comandante da Aeronáutica liderou em número de deslocamentos, com 11 viagens internacionais, que somaram R$ 167 mil. O roteiro incluiu compromissos na Europa, na América do Sul e na América Central, como feiras, conferências e cerimônias militares.

O comandante do Exército, por sua vez, realizou quatro viagens, sendo uma delas para a Europa, em visita institucional ao Exército italiano, passando por cidades como e Pistoia.

Missões prolongadas e custeio para familiares

Além das viagens pontuais, o levantamento identificou missões de longa duração no exterior, relacionadas a cursos, funções de adidância militar e programas de treinamento, incluindo aulas de inglês nos Estados Unidos.

Em alguns desses casos, há custeio de passagens para familiares que acompanham o militar durante o período em que ele permanece fora do país, o que amplia o impacto financeiro dessas missões sobre os cofres públicos.


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