Deputado reage ao novo adiamento e diz que oposição segue mobilizada para levar projeto ao plenário
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) voltou a criticar o relator do PL da Anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), acusando-o de conduzir um “processo de enrolação” por não apresentar o texto final da proposta. A votação do mérito estava prevista para esta quarta-feira (26), mas foi novamente adiada.
Gayer reclama de falta de texto e fala em manobra
Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que a oposição entrou na semana esperando votar o projeto. No entanto, o adiamento ocorreu porque, mais uma vez, o relatório não foi entregue.
Segundo Gayer, Paulinho da Força concede entrevistas diárias comentando pontos da matéria, mas nenhum deputado teve acesso ao documento completo. Para ele, isso inviabiliza qualquer deliberação e configura uma estratégia para atrasar o andamento.
Deputado fala em protelação deliberada
Gayer suspeita que o relator estaria segurando o texto como forma de impedir que a proposta avance. Ele destaca que o mérito exige apenas maioria simples, o que, segundo o deputado, favoreceria a oposição — especialmente após os 311 votos obtidos no pedido de urgência.
O que propõe o PL da Anistia
O projeto busca anistiar investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes. O texto enfrenta resistência do governo, de parte do centro político e, sobretudo, da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que são contrários à medida.
Diante de um quórum potencialmente baixo, a oposição pressiona pela votação imediata. Aliados de Gayer afirmam que travar o relatório pode ser um recurso para impedir que o tema seja decidido antes do recesso de dezembro.
Reação a críticas e mobilização da oposição
Gayer também respondeu a apoiadores que acusam os parlamentares de estarem fazendo “corpo mole”. Ele citou deputados como Luciano Zucco (PL-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Domingos Sávio (PL-MG) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além do senador Rogério Marinho (PL-RN), afirmando que todos estão dedicados integralmente à pauta.
O deputado diz que a oposição está “refém” do tema e quer garantir que o projeto seja votado na próxima semana, antes da pausa regimental.
Pressão sobre Lira e dependência do relatório
Gayer afirma que não considera aceitável encerrar 2025 sem uma resposta para o que classifica como “injustiças” contra militares, políticos e apoiadores de Bolsonaro. A votação depende principalmente da decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e da apresentação do relatório por Paulinho da Força.